O secretário estadual de educação, Rossieli Soares, disse nesta segunda (5) que o retorno dos alunos às escolas é seguro e pediu que as famílias levem em conta os aspectos socioemocionais para decidir se os filhos devem retornar às unidades.
"Ter condição ou não de acesso à tecnologia [para acompanhar as aulas remotas] não deve ser o único fato para dizer se o seu filho volta ou não à escola. Temos muitos fatores a serem considerados, temos jovens com nível elevado de depressão, sem espaço de socialização", disse Soares.
"Se for possível, enviem seus filhos à escola com segurança, seja a escola pública ou privada", continuou o secretário.
Nesta quarta (7), as escolas da rede estadual de São Paulo poderão retornar com aulas regulares presenciais para o ensino médio e EJA (educação de jovens e adultos). Desde 8 de setembro, as unidades já estão liberadas para ofertar atividades extracurriculares.
Apesar da autorização do governo João Doria (PSDB), a reabertura depende ainda da liberação dos prefeitos. A adesão neste primeiro mês foi baixa. Das 5.500 escolas da rede estadual paulista, 400 reabriram (7,2% do total).
"Temos 400 escolas com atividades e esse número crescerá. Mas não nos importamos se tiver uma ou cem escolas reabertas, eu estou satisfeito porque é uma oportunidade para os alunos que mais precisam. Estamos falando de uma volta participativa", disse o secretário.
A partir desta quarta, as escolas públicas e privadas poderão reabrir na capital. O prefeito Bruno Covas (PSDB) foi um dos primeiros a anunciar que não seguiria o cronograma estabelecido por Doria.
No município de São Paulo, as atividades a partir desta quarta só podem ser extracurriculares, ou seja, não pode ser ministrado nenhum conteúdo formal. A liberação de Doria para essa mesma data prevê que as escolas já podem voltar a ter aulas regulares para ensino médio e EJA.
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