O radialista José Figueiredo Vasseur –conhecido como Xirú Vasseur– era fascinado pela história do Rio Grande do Sul, seu estado natal.
Nascido em Santa Maria, desde a infância era envolvido com a cultura local e participava de grupos de dança no Centro de Pesquisas Folclóricas Piá do Sul. Na cidade, chegou a criar um grupo de dança chamado Morubixabas (chefe indígena).
Quando o rádio entrou em sua vida, uniu a paixão pela profissão ao interesse histórico e criou o programa Querência Xucra, inicialmente veiculado pela Rádio Universitária e depois pela Rádio Nativa FM de Santa Maria.
A última edição foi ao ar no domingo (25), às 20h30, horas antes da sua morte.
O programa era um espaço para promover a história do Rio Grande do Sul e as músicas dos festivais ocorridos no estado, com espaço para artistas locais. A atração lhe rendeu o prêmio Negrinho do Pastoreio.
Uma das filhas, a bancária Amanda Vargas Vasseur, 37, conta que Xirú sempre divulgava a cultura gaúcha para outras cidades brasileiras e do mundo.
Xirú –uma gíria utilizada no Rio Grande do Sul para se referir a amigo–, fez jus ao apelido.
“Ele era atencioso e carinhoso com todos da cidade e sempre trabalhou pelo movimento tradicionalista gaúcho.”
Além da dança, o lado artístico de Xirú Vasseur tinha espaço para o desenho. “Meu pai era apaixonado pelo Rio Grande do Sul e gostava de reproduzir as suas paisagens”, diz a filha.
Xirú Vasseur morreu no dia 26 de agosto, aos 79 anos, de infarto. Deixa esposa, seis filhos, oito netos e uma bisneta.
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