Levar um pouco de alegria ao próximo foi a missão de Wilma Basile Pereira. Ajudava a população carente, em especial as crianças, com doação de roupas e alimentos adquiridos no final da feira das centrais de abastecimento.
“Ela tinha grande prazer em encaminhar doações a abrigos e creches da cidade. Em sua chácara, em Itapevi (Grande SP), além de receber a família com a comida que preparava no fogão a lenha aos finais de semanas, também abria as portas a crianças carentes em datas como o Natal. Wilma, que lutou contra o desperdício a vida toda, só não economizou amor e generosidade ao se dedicar ao outro”, diz a neta, a advogada Renata Vilhena Silva, 45.
Nascida em São Paulo, Wilma era filha de imigrantes italianos que chegaram ao país em 1902.
Casou-se aos 15 anos e foi mãe aos 16. Trabalhou numa fábrica de meias e também passou pela experiência de ser cabeleireira e feirante, profissão determinante em sua história.
Quando algum familiar precisava de conselhos, era o ombro de Wilma que servia de conforto enquanto proferia suas palavras sábias.
“A vó sabia como nos orientar sempre com pulso firme e determinação. Muitas vezes, nossos votos ganhavam ainda o reforço da oferenda de uma vela a seu guia espiritual. Ela nos ensinou a enfrentar as dificuldades da vida. Era uma mulher de fé, coragem e compaixão”, diz a neta.
Wilma Basile Pereira morreu dia 29 de março, aos 87 anos, por complicações de Mal de Parkinson. Viúva, deixa sete filhos, 23 netos e 17 bisnetos.
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