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Na Folha, foi rep�rter especial e editor de 'Brasil'. Foi editor de pol�tica do 'Jornal do Brasil' e rep�rter da 'Piau�' e de 'O Globo'. Doutorando na UFRJ e autor da biografia 'Tancredo Neves, o Pr�ncipe Civil'
A taxa de oxig�nio que mata
Ellan Lustosa/C�digo19/Folhapress | ||
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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o |
RIO DE JANEIRO - O governo de Luiz Fernando Pez�o (PMDB) —caracterizado por rebatizar propina como "taxa de oxig�nio"— s� respira por meio de aparelho. Apoios silenciosos no aparelho judici�rio asseguram que o governador do Rio de Janeiro permane�a no poder.
Faz sete meses que o Tribunal Regional Eleitoral cassou o mandato de Pez�o e de seu vice, Francisco Dornelles (PP), e determinou a realiza��o de elei��es diretas no Estado.
O governador se mant�m no cargo porque recorreu ao pr�prio TRE e depois ao Tribunal Superior Eleitoral. A a��o transita em Bras�lia desde maio, sem sinais de que v� a julgamento.
Pez�o e Dornelles foram condenados sob a acusa��o de abuso de poder econ�mico e pol�tico. De acordo com o TRE, "o governo do Rio concedeu benef�cios financeiros a empresas como contrapartida a posteriores doa��es para a campanha eleitoral".
A condena��o cita penca de empreiteiras que recebeu benef�cios em troca de doa��es. Em dela��o, diretor da Carioca Engenharia afirmou que foi alvo de cobran�a da "taxa de oxig�nio" —como era conhecida a propina exigida por funcion�rios da Secretaria de Obras— dentro do comit� de campanha de Pez�o.
A representa��o aponta ainda doa��o a Pez�o de quase R$ 7 milh�es da JBS, um m�s ap�s ter recebido permiss�o de uso de terreno p�blico. O padr�o Joesley Batista de atuar imp�e suspei��o elevada � opera��o.
O Estado do Rio retrocedeu 20 anos em tr�s anos de mandato de Pez�o, que meteu os p�s pelas m�os. A culpa maior � de seu maior aliado: S�rgio Cabral, acusado de se apropriar de mais de R$ 250 milh�es em propinas.
A taxa de oxig�nio da dupla Cabral-Pez�o asfixiou o Rio de Janeiro. O Estado agoniza, sob a cegueira conveniente do TSE.
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