Ministra do Planejamento e uma das principais expoentes do MDB, Simone Tebet defende o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que vem sendo acusado pela esquerda de flertar com o autoritarismo.
"O Ricardo não é um extremista. É um democrata, veio do chão, da periferia", diz ela, que se aproximou de Nunes na campanha presidencial do ano passado. O prefeito a levou para agendas de campanha pela cidade, como a favela de Paraisópolis e a avenida Paulista.
Nos últimos meses, Nunes tem se aproximado do bolsonarismo, e são grandes as chances de ele ter um vice do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Seu principal opositor na eleição deve ser o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dada essa situação potencialmente constrangedora, a presença da ministra na campanha de Nunes ainda não está definida.
Ao Painel, Tebet afirma que o chamado "centro democrático" precisa começar desde já a se organizar para as eleições de 2024. A preocupação maior dela é com as cidades médias, onde não existe segundo turno.
"Está passando da hora de o centro democrático mapear o processo eleitoral. Me preocupam especialmente as cidades médias, onde a pulverização pode fortalecer o extremismo de direita. É preciso termos um projeto de país, da defesa da democracia", afirma.
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