A leitura da carta pró-democracia nesta quinta-feira (11) na Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo, será feita em uma espécie de jogral, com oradores lendo diferentes trechos do documento. O formato é tradição na faculdade.
Segundo a coluna Mônica Bergamo, serão 15 oradores ao todo.
Uma das pessoas encarregadas de fazer a leitura deverá ser Eunice Prudente, que atualmente é secretária municipal de Justiça de São Paulo.
Ela é professora da Faculdade de Direito da USP, foi secretária estadual de Justiça (2007-2008) e autora da primeira tese a propor a criminalização da discriminação racial, aprovada em 1980 e publicada no livro "Preconceito Racial e Igualdade Jurídica: a cidadania negra em questão".
Prudente é advogada e referência nos movimentos feminista e negro.
O documento que será lido na faculdade não cita diretamente Jair Bolsonaro (PL), mas critica com contundência "ataques infundados" ao sistema eleitoral e ao "Estado democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira".
Embora não seja mencionado, o próprio presidente entendeu que o texto é endereçado a ele e passou a fazer críticas ferozes, dizendo que a "cartinha" foi assinada por pessoas sem caráter, caras de pau e até mesmo por empresários "mamíferos".
A carta já teve a adesão de 858 mil pessoas até esta quarta (10).
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