A expectativa de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é a de que a quebra dos sigilos bancários de Jair Bolsonaro (PL), determinada na semana passada, pode acertar em cheio em um eventual flanco do ex-presidente: as doações feitas a ele por meio do Pix, que somam R$ 17 milhões.
FRUTA MADURA
O grande volume de recursos, transferidos em um espaço curto de tempo, levantou a suspeita de que, entre os doadores, possam estar "laranjas" que estariam oficializando, por meio dos depósitos, um recurso que na verdade era de caixa dois.
FRUTA 2
As suspeitas aumentaram depois da informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, para entregar a Bolsonaro depois da venda de joias no exterior.
ZERO
Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten diz que a chance de aparecer algum depósito de origem duvidosa na conta de Bolsonaro é "zero, zero".
CONTA
"São depósitos de R$ 2, R$ 20, R$ 200. Raros são os que têm valor maior", afirma ele.
SALDO
A quantia recebida por Bolsonaro foi revelada pela Folha. Segundo relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), os R$ 17,2 milhões foram depositados a ele nos seis primeiros meses deste ano.
SALDO 2
O órgão do governo federal ainda apontou que as movimentações atípicas podem estar atreladas à vaquinha feita por apoiadores para pagar multas do ex-presidente com a Justiça.
À MESA
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi homenageado em um jantar no Armazém do Campo, que vende produtos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), na região central de São Paulo, na semana passada. O evento reuniu parlamentares e líderes de movimentos sociais. O dirigente do MST João Pedro Stedile e o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) estiveram lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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