A ONG SP Invisível reúne um banco de histórias de pessoas em situação de rua. Fazem isso com o objetivo de humanizar o olhar da sociedade sobre a população de rua, para que vejam sua beleza e conheçam suas histórias, muitas vezes invisíveis. Sempre atuando como agente de mudança, a Laboratório Fantasma, empresa de moda fundada pelos rappers e empresários Emicida e Evandro Fióti, se uniu à instituição para dar apoio e visibilidade a essas pessoas.
Além de reverter um percentual das vendas da campanha "Respeita Minha História" para a SP Invisível, a LAB usou pessoas que vivem em situação de rua ao lado de dois de seus artistas, Rael e Drik Barbosa, como modelos.
Desta maneira, a Laboratório Fantasma reforça a sua postura de entender a moda para além de uma peça de roupa, mas criando itens e ações que carregam identidade e são ferramentas de comunicação e de pertencimento para aqueles que partilham da essência transformadora presente no DNA da empresa.
"O número de seres humanos vivendo em situação de rua triplicou em São Paulo no último ano. É um absurdo que a capital financeira do Brasil e a maior metrópole da américa latina conviva com tamanha desigualdade. É um absurdo e precisamos nos incomodar com essa violenta realidade. Acreditamos que a moda é um espaço para propor essa reflexão e convidar a sociedade civil para participar desse debate – pressionando o poder público. Não podemos ignorar a história de vida dessas pessoas", afirma Evandro Fióti, CEO do Laboratório Fantasma.
A LAB convidou oito pessoas que foram impactadas pela campanha "Natal Invisível", organizado pela ONG com a finalidade de proporcionar ceias de Natal para mais de 5.000 pessoas, além de angariar fundos para um banco de alimentos com mais de 150 toneladas para suportar o atendimento de outros projetos que servem à população em situação de rua e estão com poucos recursos.
"O desemprego e a precarização do mercado de trabalho têm feito com que boa parte da população não tenha o que comer. A fome voltou a ser um assunto muito grave em nosso país. O Hip hop salvou as nossas vidas e nós acreditamos que ele é capaz de inspirar a sociedade e transformar essa triste realidade que, infelizmente, é um projeto do Estado Brasileiro. Só de forma coletiva conseguiremos criar fôlego para mudar essa realidade. A vitória precisa ser coletiva, então precisamos nos movimentar de forma coletiva também", comenta Fióti.
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