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M�sica

Rapper Emicida passa a agenciar novos artistas

Revelado nas batalhas de MCs, m�sico ir� cuidar da carreira de outros nomes com o selo Laborat�rio Fantasma

LUCAS NOBILE
COLABORA��O PARA A FOLHA

"N�is t� com nossos fen�menos tamb�m", brinca Emicida, citando Ronaldo Naz�rio de Lima. A refer�ncia ao ex-craque da sele��o brasileira n�o � fortuita. A partir de agora, o rapper de 26 anos tamb�m come�a a agenciar a carreira de outros artistas.

Uma das diferen�as � que, ao contr�rio da cria do S�o Crist�v�o de Futebol e Regatas, o moleque da zona norte de S�o Paulo n�o vai se aposentar t�o cedo. Mas pretende desacelerar o ritmo de shows e turn�s.

"Estou h� seis anos nesse ritmo. Eu fui pai no meio disso tudo. N�o vi minha filha crescer. Estou em evid�ncia h� alguns anos. N�o tenho mais obriga��o de aparecer toda semana em algum lugar", comenta o compositor e cantor, que despontou nas rinhas de MCs em 2006.

J� s�o tr�s os artistas agenciados pelo Laborat�rio Fantasma, selo independente de Emicida, mas com a estrutura organizada de empresa. A lista conta com Rael da Rima, Rodrigo Ogi -expoentes do rap nacional- e a banda M�o de Oito.

"A gente n�o quer ser um selo de rap. O crit�rio � se identificar com a m�sica. A gente n�o � um grupo de pessoas que s� escuta rap", explica Emicida, que construiu sua carreira baseado na diversidade, ao lado de nomes como NX Zero, Fabiana Cozza, Elza Soares e Otis Trio.

Al�m de ter nova sede f�sica -na avenida Cruzeiro do Sul, zona norte de S�o Paulo-, o selo contar� com um est�dio na rua Olavo Eg�dio.

AL�M DOS PALCOS

Emicida d� passos al�m da m�sica. Talvez essa seja a grande sacada de seu selo, que atua tamb�m na internet, pelo site laboratoriofantasma.com.

S�o vendidos discos (a R$ 5) e outros produtos, como bon�s, camisetas, bottons, bijuterias, chaveiros e canecas. O selo vende, em m�dia, 1.500 bon�s por m�s (a R$ 40), movimentando R$ 60 mil.

Formado em design, Emicida j� desenhou um dos �cones da marca, o boneco "Cabe�a de Fita". Irrequieto, tenta sempre se atualizar e, com frequ�ncia, faz estudos de f�rias.

H� poucos dias, acompanhou as aulas do curso "As M�dias Sociais no Mundo da Moda", na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). "Eu chego l� e todo mundo estranha. Depois, volto para c� e divido com as pessoas."

Se hoje o merchandising � utilizado como fator agregado � m�sica, antigamente era bem diferente.

"Voc� ia � Galeria [do Rock] e, no m�ximo, tinha uma camiseta do Racionais. E eu nem tinha dinheiro para comprar nada. Os caras me zoavam nas batalhas de "freestyle". Eu ia com uma camisa do Mickey. Os caras s�o preconceituosos, irm�o. Sofri bullying no rap", brinca.

Emicida segue para shows no exterior, enquanto seu selo n�o para de receber propostas. "As pessoas mandam curr�culos. Acham que aqui � a 'Fant�stica F�brica de Chocolates', mas o trampo � s�rio."

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