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'Assange não foi preso por seus próprios crimes, mas por revelar os crimes dos outros', diz internauta

Fundador do WikiLeaks se declara culpado por 1 de 18 acusações e chega ao topo dos assuntos mais comentados no X/Twitter

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São Paulo

Julian Assange, fundador da WikiLeaks, fez um acordo com os Estados Unidos e deixou a prisão no Reino Unido. Ele estava detido há cinco anos por vazar documentos confidenciais de Estado sobre as operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, fato que prejudicou a campanha eleitoral de Hillary Clinton em 2016. "Assange" é o assunto mais comentado no X (ex-Twitter), com mais de um milhão de menções até a manhã desta terça-feira (25).

Durante as eleições de 2016, o WikiLeaks divulgou milhares de emails roubados do Comitê Nacional Democrata, levando a revelações que constrangeram o Partido Democrata e a campanha de Hillary Clinton.

Na rede, internautas comemoram a soltura do jornalista australiano e expressam apoio ao seu trabalho, além de resgatarem documentos, informações e o vídeo publicados por ele, material que o levou à prisão. Indiciado em 18 acusações com base na Lei de Espionagem (1917) em 2019, Assange é acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de conspirar para divulgar informações confidenciais e hackear um computador militar.

Nas redes, políticos, líderes e chefes de Estado comemoram sua liberdade:

O jornalista divulgou milhares de e-mails roubados do Comitê Nacional Democrata, enviados ao WikiLeaks pela ex-analista de inteligência artificial do Exército dos EUA, Chelsea Manning. Em 2022 o Reino Unido aprovou sua extradição para os EUA, onde poderia receber uma pena de 175 anos. Em maio, o jornalista ganhou recurso que contestava a ordem de extradição.

O argumento da defesa e dos apoiadores de Assange é que o caso representa uma ameaça à liberdade de imprensa, e que as revelações dos documentos confidenciais eram de interesse público. A acusação, porém, argumenta que a revelação de informações sensíveis colocam em risco a segurança nacional, além de colocar as vidas de integrantes do Exército trabalhando no exterior e de alguns iraquianos que trabalham com as Forças Armadas em perigo.

Ele estava sendo mantido em uma prisão de segurança máxima em Belmarsh, no sudeste de Londres, e declarou-se culpado de apenas um dos crimes dos quais é acusado. Nas redes, seu ato é visto como "heroico" e sua liberdade como uma "reparação de uma das maiores injustiças", além de representar "uma vitória da verdade".

Os internautas não deixaram barato para aqueles considerados os "verdadeiros criminosos". Postagens resgatam algumas das notícias derivadas do vazamento dos documentos pelo WikiLeaks, que motivaram a prisão do australiano. "Ele não foi preso por seus próprios crimes, mas por ter revelado os crimes dos outros", diz um internauta.

A imprensa também não saiu ilesa.

Roger Waters, o músico controverso.

"Ele não foi preso por seus próprios crimes, mas por ter revelado os crimes dos outros".

O crime dele foi fazer um jornalismo corajoso, diz essa internauta.

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