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Descrição de chapéu Twitter

Léo Lins e Porchat geram debate sobre limites do humor e retrospectiva de memes

Nas redes sociais, piadas não-ofensivas são recuperadas; histórico de ofensas de Lins também é lembrado

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São Paulo

A decisão da Justiça, após pedido do Ministério Público, obrigando a retirada de um vídeo especial de humor de Léo Lins do YouTube reanimou nas redes sociais a discussão a respeito dos limites do humor. Para além do debate já antigo, internautas estão compartilhando também memes, piadas e quadros cômicos em reação à afirmativa de que "é impossível fazer humor no Brasil".

Léo Lins, humorista
Humorista Leo Lins teve vídeo suspenso de canal no Yutube por decisão do Ministério público - Léo Lins no Instagram

O caldo entornou na rede de Elon Musk quando o humorista Fábio Porchat saiu em defesa de Lins e disse que a decisão do MP é "inaceitável". Em longo texto, Porchat defendeu que não existe impedimento legal para se fazer piadas com minorias. "Ah, mas faz piada com minorias… E qual o problema legal? Nenhum. Dentro da lei pode-se fazer piada com tudo tudo tudo", escreveu.

O programa foi censurado pois contava com piadas sobre minorias sociais. Lins é conhecido por fazer piadas com pessoas negras, gordas, nordestinas e com deficiência.

Com a defesa de Porchat, que afirmou advogar pela liberdade de expressão, além de dizer que Léo Lins tem "o direito de ofender", internautas relembraram conteúdos de humor que não ofendem ninguém. Veja seleção:

Como explicar.

"Um animal assassino".

Que tiro foi esse?

"Ingeleke"

A dúvida existencial que paira sobre nós.

Bem, né…

"Ronaldo!"

"Ela NÃO VEM MAIS!!!"

"Patrisio sé fuerte"

Na falta do coco…

"Reconstituíram a boca e cordas vocais de uma múmia para emitir um único som:"

Como explicar este estático?

"Mantega"

Um marco.

15 aninhos.

"Janet".

"Errou!"

Chapinha de pão.

Além da ironia utilizada em grande parte das publicações, que sugerem haver outras formas de fazer humor, perfis criticam defesa de Porchat a humor contra minorias e dizem que comediantes usam discurso sobre liberdade de expressão para isentar o humor de responsabilidades.

"Sempre que esses manos surgem com papo de liberdade de expressão e limite do humor é pregando isenção de responsabilidade por limitar o humor ao mais baixo e desumano possível", tuitou o cartunista Silva Zuão.

Publicações também criticam histórico de Léo Lins e recuperam "piadas" feita por ele, como uma publicação com uma notícia sobre a mãe de Isabella Nardoni, que acabava de ter um bebê. Isabella era uma criança de 5 anos quando morreu, em 2008, após ser jogada pela janela de um apartamento pelo pai e pela madrasta. A legenda da publicação de Lins dizia: "Espero que ela more no térreo". "Sério que vocês chamam isso de humor", escreveu um perfil.

Além de Fábio Porchat, o fundador do canal Porta dos Fundos, Antonio Tabet, e outros humoristas, como Oscar Filho, Danilo Gentili e Fábio Rabin saíram em defesa de Lins e criticaram a decisão judicial.

O humorista Paulo Vieira publicou uma receita de bolo no Twitter durante a repercussão do caso. "Tu tá parecendo jornal na ditadura que postava receita de bolo quando não podia expressar opinião", respondeu um usuário.

Logo após, Vieira publicou um fio falando sobre a cobrança por posicionamento nas redes em meio à situação delicada na esfera familiar.

Eis aqui um belo resumo da história.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do que apontava versão anterior do texto, a decisão de censurar o especial de humor de Léo Lins foi do Judiciário, não do Ministério Público. O texto foi alterado.

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