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Governo de SP contratará Banco Mundial para estudo de privatização da Sabesp, diz Tarcísio

International Finance Corporation (IFC) vai estruturar estudos para uma eventual privatização da empresa de saneamento

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Rodrigo Viga Gaier
Rio de Janeiro | Reuters

O governo de São Paulo vai contratar a International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial, para estruturar estudos para uma eventual privatização da companhia de saneamento paulista Sabesp, disse nesta sexta-feira (3) o governador Tarcísio de Freitas.

"Privatização da Sabesp é um assunto supercomplexo. A gente vai contratar o estruturador nesses próximos dias, vai ser o Banco Mundial, IFC", disse Tarcísio à Reuters após participar de evento do Consórcio de Integração do Sul e Sudeste (Cosud), no Rio de Janeiro.

"Vamos iniciar os estudos e vamos levar a Sabesp à frente se a gente chegar à conclusão de que vamos aumentar eficiência, ter upside, reduzir tarifa, vamos encurtar prazo para universalização do serviços, e eu acho que todos esses objetivos são possíveis e entendo que o estudo vai mostrar isso", acrescentou.

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante reunião de Secretariado - Ciete Silvério - 11.jan.2023/Governo do Estado de São Paulo

Segundo o governador, depois que o estudo for apresentado o governo entrará em uma fase de acerto com os municípios atendidos e de buscar entendimento com a Assembleia Legislativa do Estado. Ele disse que a ideia é que o processo de privatização, que pode acontecer nos moldes da capitalização da Eletrobras realizada em 2022 pelo governo federal, possa ser feito em 2024.

"Acredito que é uma operação para o ano que vem", afirmou Tarcísio.

O Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização de São Paulo autorizou na terça-feira a contratação de estudos sobre a privatização da Sabesp.

O governador explicou que o "grande valor da Sabesp" está nos contratos que a empresa tem com os municípios, especialmente os de maior porte. A prorrogação do contrato de concessão desses contratos gera um "upside de valor", o que poderia ser usado para reduzir tarifa e ampliar a cobertura de atendimento, disse.

"A gente pode capturar a outorga, bônus de assinatura, ou seja, o valor de venda das ações, para distribuir entre Estado e municípios e também para aplicar nos municípios não atendidos pela Sabesp", afirmou. "Por isso entendo que a gente pode avançar muito no saneamento com recursos gerados pela Sabesp."

Atualmente, a cobertura de saneamento em São Paulo é superior a 90%, de acordo com o governador, mas ainda há carências, especialmente nas regiões mais periféricas. "São nelas que precisamos aumentar a capacidade de ligação", afirmou.

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