Velório de João Donato termina com aplausos e 'A Paz' no Municipal do Rio
Cerimônia ocorreu até 15h, quando o corpo foi levado ao Memorial do Carmo para cremação, restrita à família
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Uma bandeira do Acre sobre o caixão, uma blusa de um azul vivo com bananas pintadas na altura do peito e um boné sobre a cabeça. É assim que o corpo de João Donato, morto aos 88 anos, é velado desde as 11h desta terça-feira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
A previsão é que o velório siga até as 15h. O corpo será cremado no Memorial do Carmo, em cerimônia restrita à família.
O tecladista Donatinho, filho do compositor, foi um dos primeiros a chegar. Além de fãs, estão presentes amigos como Robertinho Silva, Thalma de Freitas, Ronaldo Bastos, Mario Adnet, Mariana de Moraes, Jards Macalé, Gustavo Ruiz e Tulipa Ruiz.
"Vim me despedir de meu grande amigo e parceiro", disse Tulipa. "Viemos de São Paulo de madrugada, para nos despedirmos do cara mais legal e generoso da música brasileira."
Paula Lavigne e Caetano Veloso enviaram coroas de flores, assim como Zeca Pagodinho e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Às 12h, um quarteto de cordas com músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal fez uma homenagem ao artista, tocando peças do repertório clássico e composições do artista, como "Lugar comum", "A Rã" e "A Paz".
Os presentes reagiram com aplausos e vivas a Donato. Alguns lembraram a expressão que ele costumava soltar no palco: "Água!"
"Vejo tanta gente bacana aqui, amigos da minha geração, o pessoal da música. Meu pai sempre reuniu gente boa em torno dele", disse Donatinho. "Tem a ver com o fato de ele ter sido a pessoa mais alto astral que conheci", completou o músico, que tem um disco inédito com o pai, previsto para ser lançado no próximo ano.
A certa altura, os presentes cantaram, batendo palmas, canções de Donato como "Emoriô", "Bananeira" e "Nasci para bailar".
Jards Macalé afastou o tom de lamento da despedida. "É como Donato diz nos primeiros segundos do disco 'Síntese do Lance', que gravamos juntos: 'Só alegria'. Vendo-o aqui, vejo que ele está em paz. Tudo que ele fez na vida, todos os personagens que costurou em torno de si, parceiros, músicos. Isso não tem preço."
Macalé também citou o humor de Donato. "Ríamos muito antes, durante e depois dos shows. No camarim, ele virava sempre pra gente e dizia: 'Não sei vocês, mas eu arrasei'."
Às 15h08, depois de orações e de todos cantarem juntos "A Paz", a mulher de Donato, Ivone, beijou sua test, e o caixão foi fechado.
O corpo saiu do Municipal sob aplausos e sob os versos de "Até Quem Sabe". "Até um dia/ até talvez/ até quem sabe/ até você/ sem fantasia/ sem mais saudade."
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