Conheça The War on Drugs, que traz para o C6 Fest seu rock para ouvir na estrada
Banda indie americana desbancou Metallica e Queens of the Stone Age e ganhou o Grammy de melhor álbum de rock
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Em 2018, uma banda indie em ascensão desbancou pesos pesados como Metallica e Queens of the Stone Age e ganhou o Grammy de melhor álbum de rock.
A premiação a "The Deeper Understanding", disco que empresta sonoridade contemporânea ao rock antigo de FM e no qual a maioria das faixas tem duração superior a seis minutos, popularizou o The War on Drugs num momento em que a banda já tinha o respeito de círculos menores.
Mas o aumento de público e de notoriedade, fatores que levaram o conjunto da Filadélfia a ser escalado para tocar na primeira edição do C6 Fest, em São Paulo e no Rio de Janeiro, em maio, não foram suficientes para colocar os fãs no centro das preocupações do vocalista e mentor Adam Granduciel.
"Eu só tenho que fazer música para mim mesmo. Eu ganhei o Grammy porque fiz algo que amava. O público não está lá [com a banda] porque quer algo, ele está lá porque gosta do que você gosta", afirma o músico, numa entrevista por vídeo na qual não olha para a câmera.
"Então, se eu simplesmente seguir meu coração, o público virá. É como um trem —alguns entram, outros saem."
Granduciel, de 44 anos, é quem leva a banda para a frente. Ele tem as ideias das músicas e grava as primeiras versões praticamente sozinho, antes de chamar outros integrantes para executá-las em estúdio e aperfeiçoá-las na estrada, ao vivo.
Nas suas referências estão Bruce Springsteen e Tom Petty, mas o instrumental da banda é bem mais etéreo do que o destes ícones do cancioneiro americano.
O The War on Drugs faz um rock grande e cinematográfico. São músicas que servem como base para as pessoas associarem as suas memórias, e é exatamente isso que atrai os fãs para a banda, afirma o vocalista.
O grupo se apresenta no Brasil quase dois anos depois de ter lançado seu último disco, "I Don’t Live Here Anymore", de músicas mais curtas e mais fáceis em comparação às dos trabalhos anteriores, frequentemente descritos pelos críticos como trilhas sonoras para ouvir numa viagem de carro na estrada.
Há uma chance de que esta direção artística mais direta, por assim dizer, seja o futuro da banda. Granduciel conta que o disco que está compondo agora é diferente dos últimos dois álbuns do grupo, que considera terem sido muito difíceis de realizar.
"Quero fazer algo que pareça um pouco mais caseiro e um pouco mais direto. Que não pareça que estou tentando me igualar à ilusão de uma grande banda de rock", ele diz, acrescentando que músicas novas só devem ser lançadas em 2024.
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