Entenda a vacina bivalente da Covid em 5 pontos
No país, toda a população acima de 18 anos poderá receber o imunizante atualizado
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O Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação com a dose de reforço bivalente contra a Covid-19 para toda a população acima de 18 anos e, na cidade de São Paulo, pessoas acima de 50 anos já poderão tomar a vacina atualizada a partir desta quarta-feira (26).
No estado, o Governo de São Paulo anunciou que começará a distribuir 600 mil doses da vacina bivalente que estavam em estoque para os 645 municípios do estado.
A quantidade ainda é insuficiente para atender o público-alvo de 23 milhões de pessoas em todo o estado, mas a administração afirma que solicitou mais vacinas para o governo federal.
Até a chegada das novas doses, o reforço deverá ocorrer de forma escalonada, com prioridade para pessoas de faixas etárias mais altas, como na capital.
Em todo o país, o ministério avalia que 97 milhões de pessoas poderão receber a vacina bivalente, aplicada desde fevereiro para grupos específicos, e cada estado deverá definir como será o esquema de vacinação.
Veja, abaixo, cinco pontos sobre a vacina.
1. O QUE É A VACINA BIVALENTE?
As vacinas bivalentes são versões atualizadas dos imunizantes contra Covid contendo a cepa original de Wuhan combinada com a variante ômicron, atualmente a predominante em todo o mundo.
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial de duas formulações bivalentes da Pfizer, contendo as subvariantes BA.1 e BA.4/BA.5 da ômicron. É essa que está sendo aplicada nessa fase.
2. POR QUE TOMAR A VACINA BIVALENTE?
A vacina atualizada oferece uma proteção maior às subvariantes da ômicron atualmente em circulação.
As vacinas monovalentes ainda continuam a ter uma alta eficácia de proteção contra hospitalização e óbitos, mas a proteção acaba diminuindo ao longo do tempo. Por isso, é importante receber os reforços, dizem os especialistas.
3. QUAIS SÃO OS EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À BIVALENTE?
As vacinas atualizadas contra a ômicron mantêm o mesmo padrão de segurança que as formas monovalentes já autorizadas e utilizadas em bilhões de pessoas em todo o mundo.
Em geral, os efeitos mais comuns são dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, dores no corpo (mialgia), febre e calafrios. São eventos considerados leves e que costumam desaparecer em até 24 horas.
Outros eventos adversos muito raros e considerados moderados a severos podem incluir miocardite (inflamação do miocárdio), pericardite (inflamação do pericárdio), dores no peito, falta de ar e arritmia. Leia mais aqui.
4. EXISTE ALGUMA CONTRAINDICAÇÃO?
Não. O que existe é uma indicação do intervalo mínimo entre a última dose de qualquer reforço monovalente ou da última dose do esquema primário e o reforço com a bivalente. Ou seja: é recomendado aguardar no mínimo quatro meses entre uma dose e outra.
Também há uma limitação de idade. A Anvisa autorizou o uso da bivalente como reforço para pessoas com 12 anos ou mais. Abaixo dessa idade, o reforço deve ser com uma vacina monovalente.
5. Grávidas podem tomar a vacina a partir de quantos meses?
O Ministério da Saúde não preconiza uma quantidade mínima ou máxima de meses de gravidez para que as gestantes recebam a dose atualizada da vacina contra a Covid. No país, o reforço para grávidas e puérperas começou a ser aplicado no final de março.
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