Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.
É normal não ter vontade de fazer sexo quando cansado?
Independentemente da causa, exaustão pode interferir na vida toda, inclusive na energia para viver encontros
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Muita gente acha que o mundo jovem está a pleno vapor: tem energia pra tudo, o tempo todo. Em parte, essa afirmação é verdadeira, pois há sim muita energia e disposição em jogo. Mas há também um corpo humano, e uma cabeça, e um coração, que se cansam, sim. E isso pode impactar na vontade de viver, ou não, os encontros amorosos e sexuais.
A coluna de hoje fala exatamente disso: cansaço e sexo, ou melhor, o impacto do cansaço na prática sexual, seja você jovem ou em que idade estiver. Vamos?
O mundo atual exige demais da gente, já falei disso em outras colunas por aqui. Além de exigir perfeição, que é algo que não existe (somos todos imperfeitos, temos erros e acertos, altos e baixos), o mundo também descarrega em nós uma série de compromissos.
É uma lista infindável de coisas a fazer, em qualquer idade. Se é no universo jovem, a lista muitas vezes gira em torno do estudo clássico (a escola, a universidade) e do que mais o complementar. Cursos e cursos extras, atividades e mais atividades.
Claro que o jovem, em geral, está ávido por saber, e aprender sempre mais. Claro também que conhecimento, como o ditado diz, não ocupa (ou não acaba com) espaço interno: sempre cabe mais um pouco. E claro também que, para entrar de forma competitiva no mercado de trabalho, é importante estudar e se especializar cada vez mais.
No entanto, é importante olhar para essa lista de tarefas, que não para de crescer. E tomar cuidado com a noção de limites: o quanto é um limite saudável, e o quanto está levando a pessoa a um cansaço extremo, ou uma exaustão.
Se estiver passando dos limites, a dica é: busque o equilíbrio. Caso contrário, o que era ser para ser bom pode se tornar nada saudável, seja física ou emocionalmente.
E o que isso tem a ver com a prática do sexo? Ou os encontros amorosos e sexuais?
Tudo tem a ver com tudo, porque o ser humano é um todo. O que eu quero dizer com isso é que, independentemente de qual, ou quais sejam as causas do cansaço, isso pode interferir na vida como um todo. E também na energia disponível para viver os encontros amorosos e sexuais.
Explico melhor. Ou melhor, exemplifico. Quando a pessoa está exausta, por exemplo, pode ser que o corpo dela não entre em estado de relaxamento necessário para sentir desejo ou vontade de trocar carícias eróticas. Beijos, abraços, amassos e a prática do sexo em si podem cair em um terreno do "ai, que preguiça".
E se a pessoa estiver se sentindo assim e insistir em tentar seguir? Pode ser que o cansaço não permita que o corpo da pessoa entenda os toques, os beijos, os abraços e tudo o mais como eróticos. E aí pode ser que a ereção não venha, por exemplo. Ou que o orgasmo, que é o ponto máximo de prazer, seja difícil de atingir.
Ou seja, não vai rolar. Literalmente.
Fazer o quê, então? Em primeiro lugar, tomar consciência de tudo isso que estamos falando aqui. Esse já é o primeiro passo: se perceber. E, ao mesmo tempo, fazer o que seu corpo e você como um todo estão pedindo, inclusive se for para parar tudo e descansar, relaxar. E deixar o encontro amoroso e sexual para um outro momento.
Mais uma vez, aqui a palavra de ordem é respeito. A quê? A si, aos seus limites e suas possibilidades. O seu prazer, e a suas possibilidades. O seu prazer, e a sua saúde física e emocional, agradecem.
Até a próxima!
E se você tem alguma dúvida ou sugestão é só mandar para folhateen@grupofolha.com.br.
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