Inteligência Artificial
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Durante o evento Google for Brasil na última semana, o Google estipulou sete princípios que norteiam o uso da inteligência artificial (IA) em seus serviços. De acordo com informações da empresa, embora exista um potencial positivo na aplicação de IA em processos, há também desafios em desenvolver essa tecnologia de forma responsável. Por isso, a gigante da tecnologia afirmou que não irá utilizar inteligência artificial em determinadas situações. A seguir, entenda como o Google utiliza a IA, quais são os princípios para o uso e as aplicações que não receberão o recurso.

IA no Google: confira onde a empresa nunca vai utilizar a tecnologia  — Foto: Divulgação/Pexels
IA no Google: confira onde a empresa nunca vai utilizar a tecnologia — Foto: Divulgação/Pexels

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Como o Google usa IA?

Gemini é um exemplo de como o Google utiliza IA — Foto: Laura Storino/TechTudo
Gemini é um exemplo de como o Google utiliza IA — Foto: Laura Storino/TechTudo

A inteligência artificial está presente em diversos produtos da big tech, como o Gemini Google, modelo de IA lançado em 2023, que trabalha com textos, códigos, imagens e vídeos. Além de softwares semelhantes ao Gemini, a IA também aparece na própria busca do Google, que recebeu aprimoramentos ao longo do tempo. Atualmente, a inteligência artificial possibilita que o usuário faça pesquisas em diferentes idiomas, com uso da câmera ou da voz, por exemplo.

A tecnologia também é usada para analisar e compreender o conteúdo das páginas da web, além de identificar padrões de comportamento dos usuários, para oferecer resultados mais precisos e relevantes. Vale ressaltar que a IA aparece em outros serviços do Google, como: Google Maps, Google Fotos, Gmail, YouTube, Google Assistente, Google Cloud e Google Ads.

Aplicações que não terão IA

Google revela quais tipo de aplicações não vão receber tecnologias de IA — Foto: Getty Images/Chesnot
Google revela quais tipo de aplicações não vão receber tecnologias de IA — Foto: Getty Images/Chesnot

Dados disponíveis na página do Google IA (https://ai.google/), que apresenta os princípios da empresa sobre o uso de inteligência artificial, apontam que o recurso não será utilizado em tecnologias que causem ou tenham o poder de gerar danos. Com isso, o Google apenas usaria a IA com restrições de segurança e se entender que os benefícios são maiores do que os riscos.

A empresa também afirma que não vai utilizar a inteligência artificial em armas ou outras tecnologias que pretendem gerar ou facilitar lesões às pessoas, que guardem ou empreguem dados para vigilância do público, violem normas internacionais ou, ainda, que não respeitam o direito internacional e os direitos humanos. Por fim, o Google informa que a lista de aplicações que não vão receber IA pode aumentar conforme a empresa aprofunda sua experiência na área.

Listagem dos princípios de IA

A seguir, confira a lista do Google com os sete princípios para o uso de inteligência artificial:

1. Seja socialmente benéfica

A empresa afirma que o uso da IA deve trazer benefícios para a sociedade, principalmente considerando que a ferramenta pode impactar diversas áreas, como saúde, segurança, transportes e entretenimento. As tecnologias de IA devem levar em conta fatores sociais e econômicos, e o Google afirma que vai aplicá-las quando os possíveis benefícios globais ​​excedem os riscos e desvantagens. A gigante das buscas ainda se compromete a disponibilizar informações precisas e de qualidade usando IA, respeitando as normas culturais, sociais e legais nos países em que os serviços estão disponíveis.

2. Evite criar ou reforçar preconceitos

Outro princípio da empresa é evitar utilizar algoritmos e conjuntos de dados de IA que podem refletir ou reforçar preconceitos, principalmente relacionados à raça, etnia, gênero, nacionalidade, renda, orientação sexual e crenças políticas ou religiosas. Porém, o Google afirma que reconhecer preconceitos não é uma tarefa simples, já que os conceitos mudam dependendo das culturas e sociedades.

3. Seja construída e testada quanto à segurança

A gigante das buscas também reforça a preocupação com a segurança no uso da IA e afirma que vai continuar desenvolvendo e aplicando técnicas de proteção, para evitar resultados que criem riscos ou danos. A empresa explica que, em determinados casos, pode testar tecnologias de IA em ambientes restritos, além de monitorá-la após a implementação.

4. Seja responsável perante as pessoas

Mais um princípio do Google para o uso de IA é a responsabilidade diante dos usuários. A empresa se compromete em desenvolver sistemas que forneçam oportunidades para feedback e explicações relevantes, e estejam sujeitos à direção e controle feito por seres humanos.

5. Incorpore princípios de design de privacidade

A empresa também afirma que vai incorporar seus princípios de privacidade tanto no desenvolvimento quanto no uso das tecnologias de inteligência artificial. Com isso, elas devem ter recursos de notificação, privacidade, transparência, além de controle sobre o uso de dados.

6. Mantenha elevados padrões de excelência científica

Para o Google, a inovação tecnológica deve ter compromisso com a investigação aberta, o rigor intelectual, a integridade e a colaboração. A empresa considera que as ferramentas de IA têm o potencial de contribuir com novos conhecimentos científicos em áreas como biologia, química, medicina e ciências ambientais. Com isso, o Google irá compartilhar, de forma responsável, materiais educacionais, boas práticas e pesquisas para que mais pessoas desenvolvam aplicações úteis de IA.

7. Fique disponível para usos que estejam de acordo com estes princípios

Por fim, o último princípio pretende limitar aplicações das tecnologias de IA do Google que possam ser prejudiciais ou abusivas. Para isso, a empresa deverá considerar fatores como a finalidade principal e o provável uso da IA; se a tecnologia é única ou se está disponível de forma geral; e se a IA terá impacto significativo em grande escala.

Com informações de Google AI, SEO.AI e Google Blog

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