As polémicas e obsessões da rainha Letizia

“Deixa-me terminar”

Antes de conhecer Felipe, Letizia Ortiz era jornalista na TVE, divorciada e vivia num apartamento de 40 m2, em Madrid. Conheceu o então herdeiro do trono em 2002 e casaram-se a 22 de maio de 2004. Letizia tornou-se princesa das Astúrias e Rainha a 19 de junho de 2014, sendo a primeira consorte de origem plebeia, em Espanha. A sua primeira polémica foi logo no anúncio do noivado, quando proferiu a frase “Deixa-me terminar”, depois de Felipe a interromper no seu discurso.

Obsessão com a aparência

A rainha, que faz 52 anos a 15 de setembro, segue a dieta antienvelhecimento de Nicholas Perricone, o médico das estrelas. As suas refeições são à base de fruta e legumes biológicos. Alface, pepino e espargos, e frutos como melancia, melão, laranjas e uvas são as suas principais escolhas à mesa. Proibidos estão os hidratos de carbono refinados, como pão, arroz ou bolachas. Só come carnes magras, não ingere açúcar nem bebidas alcoólicas e bebe três litros de água por dia. O seu único pecado são os chocolates e os croquetes.

Traços alterados

Letizia ajudou a restaurar a popularidade da monarquia em Espanha, sendo a imagem o seu maior trunfo, sendo os seus looks comentados em todo o mundo. As diversas mudanças que o seu rosto tem sofrido ao longo dos anos são evidentes, começando por uma cirurgia ao nariz, em 2008, que lhe alterou os traços. A partir daí, nunca mais parou, o que lhe tem valido muitas críticas – do aparelho de correção dentária a enchimentos nas maçãs do rosto, passando pela utilização de ácido hialurónico e botox para eliminar as rugas.

Looks reciclados

Figura nas listas das mais bem vestidas do mundo, mas de todas as rainhas e princesas europeias é a que menos gasta em roupa e acessórios. Do seu orçamento anual de 148 mil euros, nunca ultrapassa os 55 mil por ano em outfits. Nada que se compare, por exemplo, com os quase 800 mil gastos por Charlene do Mónaco. Apesar de saber que cada um dos seus looks é examinado e comentado ao detalhe, Letizia não se inibe de reciclar vestidos. Usa de Felipe Varela, que foi o seu estilista oficial, a Carolina Herrera ou Hugo Boss, passando por marcas low-cost como Zara ou Mango. O encarnado é a sua cor favorita em galas.

Mãe controladora

A mulher de Felipe VI sempre foi criticada pela obsessão de esconder as filhas Leonor e Sofia, hoje com 18 e 17 anos, que nunca tiveram babás nem percetores. Em pequenas, se choravam de noite, eram os pais que se levantavam. Quando Letizia viajava, as infantas ficavam com a avó materna, Paloma Rocasolano, enfermeira. A Rainha educou as filhas num contexto feminista e em que não entrava roupa de marca e controlava rigorosamente o que viam na televisão e nos telemóveis. Não deixava que fossem fotografadas nem nas visitas de estudo e impunha-lhes restrições na alimentação. Quando andavam as duas no colégio levavam marmita.

Sozinha por Madrid

Apesar dos deveres reais, Letizia faz questão de manter a independência. Quando lhe apetece, sai do palácio da Zarzuela, disfarçada, para se encontrar com amigas ou andar às compras por Madrid. A monarca gosta de passear pela capital espanhola, com uma discreta equipa de seguranças. Anda sempre com rebuçados de mentol, para aclarar a voz – hábito que manteve dos tempos de pivô de televisão. Às sextas-feiras não abdica de ir ao cinema, nem que seja sozinha, e ao sábado sai com os amigos de sempre. Não gosta de regatas, de golfe, de esquiar, nem do círculo de Felipe VI.

Boxe, ioga e zumba

Além da alimentação saudável, o seu corpo atlético deve-se ao ioga, prática em que parece ter encontrado o equilíbrio mental no processo de adaptação à Casa Real. Obcecada com o peso, a mulher de Felipe VI pratica Iyengar, um tipo de ioga que aumenta a força, a flexibilidade e a capacidade de concentração. Segundo alguma imprensa, a Rainha faz corridas na Zarzuela todas as manhãs, pratica boxe e escalada e tem aulas de zumba com um professor particular.

Tensão com a sogra

A relação de Letizia com D. Sofia, de 85 anos, sempre foi muito comentada desde que se tornaram nora e sogra. Se no início tudo parecia cordial entre elas, com a transição da coroa, em 2014, a mulher de Felipe quis marcar território, mostrando que a partir dali era ela quem mandava. Na Páscoa de 2018, um vídeo captou o momento de maior tensão entre as duas. Depois de a família real ter assistido à missa, na catedral de Palma de Maiorca, a Rainha emérita quis posar para os fotógrafos, com as duas netas, Leonor e Sofia, o que Letizia tentou impedir, visivelmente irritada.

A doença dos saltos altos

Para não parecer muito baixa ao lado do marido, que mede 1,97 m, durante anos a Rainha sofreu em silêncio em cima dos saltos altos, nos eventos oficiais. Em 2022, foi obrigada a pôr os tacões de parte e passou a usar sandálias rasas ou ténis. Letizia sofre de metatarsalgia e neuroma de Morton (inflamação dos nervos dos dedos), condição provocada pelo uso contínuo de saltos altos. As dores afetam-na quando caminha e impedem-na de estar muito tempo de pé. Em abril, numa visita oficial aos Países Baixos, durante a receção dos Reis Guilherme e Máxima, Letizia teve mesmo de se sentar.

O maior inimigo

Assim que chegou à família real, Letizia ganhou um inimigo declarado: Jaime Peñafiel, que sempre lamentou que a casa real recebesse “a neta de um taxista” e que lhe deu o cognome de “coveira da monarquia”. O veterano cronista social já escreveu vários livros sobre a Rainha. No último, Los silencios de Letizia, Peñafiel alega que a ex-jornalista usou óvulos da irmã Erika, que se suicidou em 2007, para conceber as filhas, Leonor e Sofia. Pouco antes, revelou que, já casada com Felipe VI, a monarca teve um suposto caso extraconjugal com Jaime del Burgo, ex-marido da sua irmã Telma.

A mulher de Felipe, Letizia Ortiz celebra 10 anos de reinado. Conheça os escândalos, as polémicas e os hábitos da rainha.

“Deixa-me terminar”

Antes de conhecer Felipe, Letizia Ortiz era jornalista na TVE, divorciada e vivia num apartamento de 40 m2, em Madrid. Conheceu o então herdeiro do trono em 2002 e casaram-se a 22 de maio de 2004. Letizia tornou-se princesa das Astúrias e Rainha a 19 de junho de 2014, sendo a primeira consorte de origem plebeia, em Espanha. A sua primeira polémica foi logo no anúncio do noivado, quando proferiu a frase “Deixa-me terminar”, depois de Felipe a interromper no seu discurso.