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Manuel Pinto Coelho Médico
06.07.2024

Magnésio, o mineral milagroso (1)

Entre os inúmeros papéis que este mineral desempenha contam-se o controlo da ação nervosa, da atividade do coração – é antiarrítmico –, da transmissão neuromuscular, da contração muscular – trata as cãibras, do tónus vascular– , da pressão sanguínea e do fluxo sanguíneo periférico.

Descoberto pelo físico e químico escocês Joseph Black, nos arredores da cidade grega de Magnésia, em 1755, (ano do terramoto que dizimou Lisboa), o sulfato de magnésio, conhecido hoje como "sal de Epsom", foi usado em tempos antigos como laxante, prática que ainda se mantém nos dias de hoje.

Presente em 350 enzimas diferentes no corpo, as mais importantes das quais produzem, transportam, armazenam e utilizam energia, o magnésio regula ainda aspetos fundamentais do metabolismo celular, tais como a síntese do ADN (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico), o crescimento e a reprodução celular.

É importante, como disse, que o magnésio seja tomado com cálcio, "vitamina" D3 e vitamina K2, visto todos atuarem em conjunto sinergicamente.

É também útil na regulação da taxa de açúcar no sangue. Assim, reduz o risco da diabetes tipo I2, provocada por uma baixa de sensibilidade das células à insulina, ou a um esgotamento das células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina.

Protagoniza um papel igualmente importante no sistema de desintoxicação, protegendo as células dos danos provocados pelas toxinas ambientais e metais pesados.

O magnésio também regula a corrente elétrica que atravessa os quilómetros de nervos do nosso corpo.

Entre os inúmeros papéis que este mineral desempenha contam-se o controlo da ação nervosa, da atividade do coração – é antiarrítmico –, da transmissão neuromuscular, da contração muscular – trata as cãibras, do tónus vascular –, da pressão sanguínea e do fluxo sanguíneo periférico.

Modula e controla ainda a entrada e a saída do cálcio na célula, determinante na atividade muscular.

Sem ele as funções musculares e nervosas estariam comprometidas e a energia seria produzida em menor quantidade, registando-se, como consequência, fraqueza muscular, fragilidade óssea, ansiedade, arritmia cardíaca e convulsões.

Em 1697, um estudo médico não suficientemente credenciado recomendava-o com exagerado entusiasmo para situações tão diferentes como úlceras de pele, depressão, vertigens, queimaduras solares, pedras nos rins, icterícia e gota.

Mais de metade do nosso magnésio está presente nos ossos, estando a parte remanescente localizada nas células que compõem os tecidos, músculos, órgãos e fluidos corporais.

Como qualquer outro mineral encontrado no nosso corpo, o magnésio não pode ser produzido dentro do organismo, devendo por isso ser recebido de fontes externas através de um regime alimentar apropriado e de suplementos.

Alimentos reconhecidamente ricos em magnésio: espinafres, brócolos, nabiças, aipo cru, tomate maduro, sementes de linhaça, amêndoas, nozes, cajus, chocolate negro, abacate, grãos de sésamo, abóbora e sementes de girassol, café e banana – um dos frutos com mais magnésio.

Contudo, a maioria das pessoas não inclui a quantidade devida de magnésio nos seus regimes alimentares. Assim, a única forma de contornar esta evidência é utilizar suplementos de magnésio.

Vindo o magnésio da terra e sabendo-se que as formas intensivas da agricultura moderna a esgotam, é provável que os alimentos que comemos contenham menos magnésio do que há 20 anos.

Mesmo cuidando da alimentação, certas pessoas têm uma tendência natural para ficar carentes de magnésio.

(Continua)

Descoberto pelo físico e químico escocês Joseph Black, nos arredores da cidade grega de Magnésia, em 1755, (ano do terramoto que dizimou Lisboa), o sulfato de magnésio, conhecido hoje como "sal de Epsom", foi usado em tempos antigos como laxante, prática que ainda se mantém nos dias de hoje.

Presente em 350 enzimas diferentes no corpo, as mais importantes das quais produzem, transportam, armazenam e utilizam energia, o magnésio regula ainda aspetos fundamentais do metabolismo celular, tais como a síntese do ADN (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico), o crescimento e a reprodução celular.

É importante, como disse, que o magnésio seja tomado com cálcio, "vitamina" D3 e vitamina K2, visto todos atuarem em conjunto sinergicamente.

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