O Comité Olímpico de Portugal (COP) anunciou esta quarta-feira, em conjunto com a Ergomotion, uma parceria para melhoria da qualidade do sono dos atletas portugueses que estarão em competição nos Jogos Olímpicos de Paris'2024.

"O Comité Olímpico de Portugal (COP) escolheu a Ergomotion como o Parceiro Oficial do Sono da Equipa Portugal Paris 2024. A colaboração com a líder mundial em tecnologia e soluções de sono garante que todos os atletas portugueses em competição nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 beneficiem da solução de sono mais avançada no mercado e desfrutem de uma cama smart", pode ler-se no comunicado hoje divulgado pelo COP.

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De acordo com o COP, 62 camas do modelo ErgoSportive, que se destacam "pela tecnologia que permite uma utilização totalmente ajustável e adaptável a cada utilizador", já foram enviadas para a Vila Olímpica, em Paris. Para além da sua tecnologia, as camas ErgoSportive têm integrado um sistema de massagens e uma ferramenta de 'tracking' do sono, "assim como outras métricas de saúde que otimizam o processo de descanso e renovação do desempenho do corpo", tendo um impacto ativo na "qualidade do sono e da recuperação física", bem como "elementos indispensáveis ao rendimento desportivo em alta competição e, naturalmente, à saúde e ao bem-estar".

"Um sono de qualidade é indispensável a uma performance de topo e por isso é com muito entusiasmo que estabelecemos esta parceria com o Comité Olímpico de Portugal. Queremos contribuir para o sucesso da Equipa Portugal Paris2024 com a solução de sono mais avançada no mercado, que através da sua tecnologia inovadora permite uma recuperação personalizada para cada um dos atletas", destacou Mónica Araújo, diretora de Marketing da Ergomotion, em declarações citadas pelo COP.

Já José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, salientou que ""a recente parceria com a Ergomotion vem contribuir para a melhoria das condições disponibilizadas aos atletas da Equipa Portugal Paris 2024, através de uma nova experiência do sono."

Recorde-se que já existe uma polémica em torno das camas que estarão nos quartos de grande parte dos atletas que marcarão presença nos Jogos Olímpicos de Paris'2024. Tal como em Tóquio'2021, grande parte dos quartos dos atletas terão camas feitas de papelão, tendo por vista a sustentabilidade ambiental, uma vez que são construídas com 80 por cento de materiais recicláveis. São as denominadas camas antissexo, que suportam até 200 quilos, e que deverão ser doadas a instituições de caridade após o final da competição que se disputa na capital francesa entre 26 de julho a 11 de agosto.

Empresa responsável pela conceção dos colchões das outras camas nega teoria do antissexo

Na sequência desta polémica, a Airweave, empresa japonesa responsável pela construção dos mais de 16 mil colchões que estarão integrados nas camas da Aldeia Olímpica, assumiu que os materiais utilizados foram pensados para criar uma maior resistência em comparação aos Jogos Olímpicos de Tóquio e que as questões relacionadas com as relações sexuais não foram tidas em conta. "Sexo é sexo, quer seja no nosso colchão ou no de outra pessoa. Só queríamos criar um colchão que fosse mais forte do que um colchão normal. Só nos concentramos no sono, não nos preocupamos com mais nada que aconteça ou não na cama", disse Motokuni Takaoka, CEO da empresa nipónica, em declarações ao 'New York Post'.

Ainda de acordo com a mesma fonte, todos os atletas passarão por um scanner com recurso à inteligência artificial que ajudará a distribuir os tipos de colchões para cada atleta, de modo a que cada um tenha um colchão feito à medida das suas necessidades.