Instituto Oyá

No dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela. Neste dia é importante, enquanto sociedade, que assumamos o compromisso coletivo de reivindicar que justiça racial e de gênero sejam uma realidade nos espaços que ocupamos enquanto indivíduos e organizações. Defender a presença de mulheres negras em todos os espaços da sociedade também é garantir que a sustentabilidade e as questões ambientais sejam abordadas com perspectivas que contemplem a diversidade brasileira. Segundo um levantamento feito pela McKinsey & Company, as companhias latino-americanas que possuem mais diversidade nos cargos de CEO, vice-presidentes e diretores têm 54,8% mais chances de ter um desempenho acima da média no seu ramo. O relatório realizado pelo estudo demonstra o quanto a diversidade e inclusão são as peças chaves capazes de gerar um impacto não apenas financeiro, mas também de transformação social. Embora tenhamos cada vez mais dados que reiterem o valor da diversidade para o mercado, sobretudo quando falamos de sustentabilidade, é preciso que as instituições se comprometam em criar oportunidades que agreguem novas perspectivas em seus segmentos. “O argumento de que as organizações vão perder a excelência por conta da ampliação negra é um clichê que continua sendo repetido,” reflete a doutora em psicóloga e ativista brasileira, Cida Bento em sua obra, O pacto da branquitude, reunindo questionamentos e reflexões ainda necessárias para toda a sociedade na busca para erradicar os gaps de raça e gênero, garantindo um futuro melhor para as próximas gerações. Foto: Edgar Azevedo

O grupo RD Saúde está comprometido com o propósito de ser a empresa que mais contribui para uma sociedade mais saudável no Brasil até 2030. O Instituto Oyá está colaborando nessa jornada a partir do letramento climático dos colaboradores ao lado Comitê e da Diretoria de Sustentabilidade da empresa, consolidando o tema como elemento chave para o grupo. Cultivar uma conexão emocional é essencial em todas as fases das iniciativas de sustentabilidade e inclusão, formando a base para uma transformação duradoura do grupo RD Saúde. Atuamos com uma metodologia que promove a união dos lados emocionais e racionais do nosso cérebro, nos dedicamos a unir stakeholders, a encontrar soluções para termos um objetivo compartilhado e uma visão comprometida com a jornada para a transformação e compartilhamento do compromisso com sustentabilidade. Realizamos a elaboração de um plano de letramento climático que combina noções e práticas sustentáveis com workshops e atividades práticas. Por meio de um diagnóstico para identificar demandas, avaliar os níveis de conhecimento, determinar a base para o desenho dos conteúdos das sessões individuais. Nos encontros formativos mensais são apresentados conceitos e estudos de caso inspiradores, conteúdos personalizados para as necessidades da empresa e convidamos pessoas referências na sustentabilidade e nas práticas sustentáveis aplicadas na área de logística de outras empresas para contribuir conosco. 📍 Ficou inspirado e quer saber mais sobre os nossos serviços e práticas? Acesse o nosso site e entre em contato para qualquer dúvida. O melhor momento para começar a cuidar do nosso planeta é agora!

A comunicação ambiental do futuro precisa, também, olhar para o interior do Brasil O número de criadores de conteúdo dos mais diversos nichos tem crescido no mercado e, em meio a esse oceano de creators, também há espaço para produções mais criativas e diversas fazerem parte de conversas importantes. O São João acabou, mas demonstrou uma tendência de que as empresas têm buscado cada vez mais criadores de conteúdo com marcadores regionais, conectados com público engajado, que influenciam uma grande parcela da população fora do eixo do sudeste, trazendo elementos culturais que geram conexão emocional com o público alvo. Essa estratégia não é nova, o estudo sobre a comunicação popular na difusão de meios de comunicação de massa foi nomeado “folkcomunicação” pelo pesquisador Luiz Beltrão na década de 1960. Esse campo da comunicação se concentra nas expressões culturais da oralidade, tradicionalmente transmitidas por meio de tradições orais, folclore, músicas, danças, festas, crenças e outras manifestações culturais populares. Como vemos na publicidade e em ações voltadas para festas populares como o Carnaval e o São João, que são datas comemorativas com diversas variações regionais. Um exemplo recente disso é o aguardado lançamento do filme “O Auto da Compadecida 2”, baseado na obra do escritor pernambucano Ariano Suassuna. O filme tem o lançamento previsto para este ano, mas os protagonistas da epopeia João Grilo e Chicó já estão dando as caras e aqueceram o público para os festejos juninos através dos comerciais de duas marcas patrocinadoras do filme. Em “Brahma apresenta: Um São João de João Grilo e Chicó”, a dupla surge pegando carona no caminhão da Brahma para juntar todo mundo no São João. Enquanto no comercial de animação da Santa Helena, eles aparecem homenageando a linguagem de cordel e promovendo o“São João de Campina Grande”, ao mesmo tempo que aparecem comendo os produtos tradicionais da marca feitos de amendoim. O Brasil é um país de extensão continental e com uma cultura diversa que precisa também de uma comunicação ambiental que crie pontes e potencialize diálogos importantes para construir uma sociedade economicamente saudável, socialmente justa e sustentável. Mas para isso precisamos falar a língua das pessoas e dos seus territórios, especialmente. Em 1989, Luiz Gonzaga compôs seu Xote Ecológico, uma maneira própria de protestar contra a destruição do meio ambiente. Já se passaram mais de 30 anos e ainda precisamos aprender sobre divulgação cientifica e crise climática, para que esse tema seja de fato defendido pela população de maneira ampla, para que a música do Rei do Baião seja uma narrativa do passado e não do futuro:   Cadê a flor que estava aqui?                                               Poluição comeu. O peixe que é do mar? Poluição comeu. O verde onde é que está? Poluição comeu. Nem o Chico Mendes sobreviveu.

O termo “greenwashing”, em português traduzido como “lavagem verde”, é utilizado para falar sobre as práticas enganosas que algumas empresas usam para parecerem mais ambientalmente responsáveis do que realmente são. A prática tem se tornado cada vez mais frequente e um estudo recente sugere que aumento da divulgação tem criado desafio para inibir propagação de mentiras e ações de greenwashing. O estudo “ESG Disclosure Yearbook Brasil 2024”, apontou também que apesar de 63% das organizações publicaram relatórios de sustentabilidade, apenas 29% tiveram seus dados auditados externamente. ESG é um conjunto de práticas que empresas adotam para serem mais sustentáveis e responsáveis, cuidando do meio ambiente, das pessoas e tendo uma gestão transparente. Já o greenwashing é quando empresas fingem ser verdes e sustentáveis só para atrair consumidores e investidores, mas na verdade não fazem quase nada para ajudar o planeta. Enquanto ESG é sobre compromisso real, greenwashing é só fachada para parecer ecológico sem ser de verdade. É preciso atenção às tentativa de enganar consumidores, investidores e outras partes interessadas sobre o impacto ambiental positivo de seus produtos, serviços ou políticas, quando na verdade essas alegações são exageradas ou falsas. Foto: Unsplash

Já imaginou usar as tecnologias emergentes para equalizar oportunidades e garantir direitos? Nesta semana foi destaque na publicação Stanford Social Innovation Review, um projeto realizado pela organização suíça Gain Forest em parceria com o Instituto Oyá, que está desenvolvendo uma ferramenta digital para documentação e preservação dos saberes da floresta, através do olhar de comunidades indígenas da Amazônia. Desde o início de 2024, oficinas e workshops estão sendo realizados para levar o conhecimento sobre tecnologia de inteligência artificial para a própria comunidade se documentar. A chatbot “Taina”, foi inspirada na protagonista da série de filmes “Tainá, uma menina guardiã da floresta” se comunica através da oralidade. Diferente de outros chatbots criados para responder perguntas, Taina se destaca por fazer questionamentos, ao invés de dar respostas. Ao ser “provocada”, inicia uma série de perguntas, a fim de angariar, com o interlocutor, o máximo de informação possível. A ferramenta tem colaborado para diferentes populações tradicionais da Amazônia brasileira registrarem os seus saberes, guardando consigo a riqueza cultural e natural da floresta. Assim, ela poderá contribuir para garantir a biodiversidade e, sobretudo, os direitos dos povos indígenas sobre seu rico conhecimento. Foto: Divulgação

Nesta semana participamos da terceira edição do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero — Zero Waste Cities, que aconteceu em Brasília. Durante o evento, a jornalista Daniele Rodrigues, Gerente de Comunicação do Instituto Oyá participou do painel “Comunicação com propósito: é preciso engajar pessoas para a mudança” a convite do movimento Verdes Maria com o estudo de caso da plataforma CreatosAcademy, que criou uma comunidade nas redes para disseminar a conscientização ambiental através do mercado de influência. O evento é considerado o maior evento do mundo em referências de boas práticas para gestão de resíduos, reunindo especialistas mundiais para compartilhar estudos de caso e exemplos práticos de sustentabilidade e solução de lixo zero. Fundado em 2010, o ILZB representa no Brasil a ZWIA – Zero Waste International Alliance, movimento internacional de organizações que desenvolvem o conceito e princípios Lixo Zero no mundo. O Panorama dos Resíduos Sólidos 2023, lançado pela Abrema, aponta que a média da população urbana atendida por coleta seletiva porta a porta por município é de somente 14,7% e o índice médio de reciclagem no país não passa hoje de 3,5% dos resíduos gerados. Em março deste ano, o Senado Federal aprovou a PL 1.874/2022, proposta pela Comissão de Meio Ambiente (CMA). O projeto de lei é o primeiro passo para a criação da Política Nacional de Economia Circular e a expectativa é de um impulsionamento no uso mais consciente dos recursos e priorizar produtos mais duráveis, recicláveis e renováveis.

Acreditamos que educação ambiental não só pode, como deve virar “trend” — aquela boa e velha tendência do momento. Umas das vertentes do Instituto Oyá é ampliar a comunicação da educação ambiental para as redes sociais através da nossa comunidade de creators que se formou ao longo dos últimos anos com o projeto CreatorsAcademy Brasil, gerando micro revoluções nas pessoas que passam pela experiência de vivência na Amazônia e levam para as suas redes sociais um pouco dessa experiência que carrega um potencial transformador. Recentemente, devido ao impacto inestimável das enchentes causadas pelo forte fluxo de chuvas no Rio Grande do Sul, a pauta ambiental tem ganhado mais espaço nas redes sociais com a adesão de pessoas influentes e da população nas campanhas de arrecadação de fundos para as vítimas. Esse movimento é um exemplo de que a educação ambiental e disseminação de informações sobre a crise ambiental precisam cada vez mais se tornarem tendência e parte das discussões políticas cotidianas. Mas, sempre com responsabilidade social para não espalhar notícias falsas e trazer a profundidade necessária na hora de falar sobre justiça climática e adaptação. Investir na educação ambiental no nicho de criação de conteúdo é uma das nossas ferramentas para gerar impacto social por meio de um público amplo e diverso, que ao seu modo tem o potencial de compartilhar conhecimento para preservamos o meio ambiente e exercer a nossa cidadania.

Celebramos mais um Dia Internacional do Meio Ambiente reforçando o nosso compromisso diário em tornar a pauta ambiental como um assunto acessível e pertinente todos os dias. Com o conhecimento adequado, as pessoas são inspiradas a desenvolver soluções inovadoras para os problemas ambientais e a resgatar modos de cuidar do planeta que já vêm sendo utilizados por comunidades étnicas tradicionais de todo mundo. A restauração de terras é o tema central da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, que vai até 2030, e um apelo para proteção e revitalização de ecossistemas em todo o mundo, fundamental para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS. A iniciativa da organização mundial tem colaborado para que cada vez mais instituições busquem aprender, se adequar e repensar modos de fazer negócio que sejam sustentáveis para o planeta. Acreditamos que juntos podemos alcançar muito mais do que um dia para o nosso planeta. Cuidar do meio ambiente é, também, cuidar de nós mesmos.

Na última sexta-feira (24), aconteceu pela primeira vez no Brasil, na cidade de São Paulo, o encontro da Planetary Guardians e a nossa fundadora Kamila Camilo foi uma das convidadas pelo coletivo global. O coletivo, que em português significa Guardiões do Planeta, é uma organização internacional independente composta por ativistas e lideranças climáticas do mundo todo, comprometidos em ouvir a ciência e a sabedoria dos povos originários e tradicionais, que já cuidavam do planeta antes de começarmos a lidar com a crise climática. Na série de eventos da organização na última semana, Kamila apresentou pontos relevantes para promover o diálogo intergeracional intencional e pensar estratégias de comunicação que coloquem as mudanças climáticas no centro do debate, a partir das perspectivas das pessoas e dos seus territórios. Compartilhando valores essenciais do trabalho de letramento ambiental que temos desenvolvido aqui no Instituo Oyá. O evento também foi um marco simbólico da participação do Brasil e aprofundamento do compromisso coletivo de cuidar do planeta e valorizar produtores de conhecimentos necessários para essa missão. Na ocasião, o cientista climatologista Carlos Nobre foi nomeado como o primeiro brasileiro a fazer parte do coletivo, onde discursou sobre a importância de preservar e investir na floresta amazônica como “suporte de vida compartilhado” para as futuras gerações. 🌱✨ #planetaryguardians #brasil #sustentabilidade #esg #aya #clima #meioambiente #justiçaclimática