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"Caso gémeas": o drama das filhas, o divórcio e uma dívida de 70 milhões... Quem são os pais das meninas que colocaram Marcelo no centro da polémica

Chegaram a Portugal acompanhados por empregadas e a sua aparente riqueza deu que falar no Hospital Santa Maria, onde as filhas gémeas receberam o medicamento mais caro do mundo para tratar a doença degenerativa. Conheça a história dos pais das pequenas Lorena e Maité, que envolve problemas milionários com a Justiça brasileira.
07 de dezembro de 2023 às 23:03
Quem são os pais das gémeas luso-brasileiras que colocaram Marcelo no centro da polémica
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins
Daniela Martins
Daniela Martins e Samir Assad Filho
Daniela Martins
Daniela Martins
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins e Samir Assad
Daniela Martins
Daniela Martins
Daniela Martins e Samir Assad Filho
Daniela Martins
Daniela Martins

Até há bem pouco tempo, Daniela Martins e Samir Assad só eram conhecidos no Brasil, onde comoviam os seguidores do Instagram ao partilhar o drama das filhas gémeas, Lorena e Maité, que nasceram com Atrofia Muscular Espinhal, uma doença rara, degenerativa, que interfere na capacidade do corpo em produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurónios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais do corpo, como respirar, engolir ou os movimentos.

E tudo continuaria assim, se não tivesse sido revelada a alegada interferência de Marcelo Rebelo de Sousa, que é acusado de favorecimento no caso das gémeas, que em 2020, tiveram acesso, em Portugal, a um medicamento inovador contra a doença, e que, à época, tinha um custo de 2 milhões de euros e é o mais caro do Mundo.

Como Daniela Martins é cidadã luso-brasileira - Portugal é, como a própria explica no Instagram, "a terrinha dos avós" - a empresária tinha o direito a receber tratamentos médicos no nosso país e foi por isso que, em 2020, altura em que o medicamente Zolgensma começou a ser administrado cá, fez as malas com a família para tentar o tratamento que poderia salvar a vida às filhas. Só que os contactos iniciais não correram como o esperado e Daniela viu os médicos do primeiro hospital que contactou, o D. Estefânea, negarem o tratamento às meninas, depois de considerarem não estarem reunidas as condições para o que o mesmo fosse bem sucedido.


Não satisfeita com a resposta, Daniela, acabaria por revelar na televisão brasileira que usou todas as suas influências para reverter a situação. "Chorei nos corredores do hospital", disse, assumindo ter posto em marcha os seus contactos. "Usei o "pistolão", afirmou, referindo-se à nora de Marcelo Rebelo de Sousa, desencadeando a troca de emails entre o filho e Marcelo, que alegadamente levaram a que as gémeas fossem tratadas prioritariamente no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Foram momentos de grande esperança para Daniela e o então marido, que sonhavam com a cura das gémeas, depois de dois anos de aflição. Tudo parecia perfeito até aos primeiros seis meses de vida de Lorena e Maité que se desenvolviam normalmente. Mas quando, por volta dos sete meses as bebés, ainda não se conseguiam sentar, e não mostravam grande controle sobre os movimentos do tronco, os pais decidiram procurar ajuda médica e foi então que começou um calvário que dura até aos dias de hoje.

Aos nove meses, receberam o diagnóstico oficial e começaram a busca incessante pelos melhores tratamentos até terem visto no medicamento inovador uma luz de esperança. Criavam, então, uma conta no Instagram - ameemdobro - para angariar dinheiro que permitisse a compra do medicamento, mas nunca chegaram nem perto do valor. Nessa altura, Daniela já se tinha desvinculado da empresa onde trabalhava, e da qual era sócia - um negócio de venda de cosméticos e produtos eróticos, com sede em Mortágua - para apoiar as filhas a tempo inteiro, pois os cuidados que estas exigiam não eram compatíveis com uma vida profissional. "O desenvolvimento delas foi normal até aos seis meses. Começámos a reparar que elas eram mais molinhas, mas podia ser pelo facto de terem nascido um pouco antes do tempo. Mas depois começámos a perceber que aos sete meses elas não se sentavam. Então fomos encaminhados para uma neuro e começámos a fazer vários exames", contou Daniela à televisão brasileira, onde divulgou amplamente o caso.

As meninas cresciam então a precisar de amplos cuidados e no Brasil nada mais se podia fazer pelas gémeas. A mudança, a terra dos avós de Daniela, seria a esperança que o casal precisava para um futuro livre da doença.

DIVÓRCIO E DÍVIDA DE 70 MILHÕES AO FISCO

Ao todo, Daniela e Samir estiveram dois anos em Portugal onde viviam em Cascais. No Brasil, eram conhecidos pela sua saúde financeira e mesmo em Lisboa deram nas vistas, com os médicos do Hospital de Santa Maria contactados pela TVI, a estranharem a aparente riqueza do casal, que chegou ao País acompanhado por empregadas. 

Em Portugal, os dois viveram momentos agridoces. Enquanto viam as filhas receber um tratamento que lhes devolvia a esperança de uma vida normal, também passaram por dificuldades pessoais com o casamento a não resistir aos tempos delicados.


"Passei por uma pandemia recém chegada a um novo país sem rede de apoio com 2 crianças de 1 ano com uma doença grave. Tive que parar de trabalhar na empresa a qual era sócia e aprender muito de cuidados médicos, reabilitação, medicamentos, nutrição… Passei por um divórcio, voltei ao Brasil por seis meses e agora "renovei" por pelo menos mais seis meses. Vários trâmites burocráticos para ter todos os direitos assegurados em ambos países. Várias adaptações físicas para as meninas não sofrerem com a deficiência de lugares e pessoas. Hoje tenho o acompanhamento de 27 profissionais da saúde, são 48 terapias semanais na minha casa, fiz questão de contar para vocês terem ideia da 'bagunça orquestrada' que temos aqui, ah a alegria e brincadeiras são pré requisitos. Minha vida tem sido uma reconstrução e hoje sou uma mulher realizada e feliz", fez saber Daniela nas suas redes sociais.


Além do drama das gémeas, que necessitam da presença constante dos pais para toda a vida, o casal passou ainda por outro momento delicado. Quando estavam em Portugal a acompanhar a saúde das meninas, Samir Assad assistiria à distância ao seu julgamento no Brasil devido a uma dívida de 70 milhões de euros ao fisco. O caso envolve crimes contra o fisco brasileiro por omissão de lucros, informação falsa e fraude às finanças, de uma empresa de importação de produtos eletrónicos.


Também o avô de Samir já tinha tido problemas com a justiça brasileira, sendo condenado no âmbito de um caso com origem no megaprocesso Lava Jato.

Com todos os dramas que marcavam as suas vidas, o casal acabou por seguir caminhos opostos, mantendo-se, no entanto, unido em tudo o que diga respeito às filhas que, apesar do tratamento que gerou tanta polémica, continuam a apresentar uma saúde muito frágil e delicada. No Instagram, a mãe das meninas, agora com cinco anos, partilha os seus registos diários, em que cada nova aquisição é celebrada efusivamente, mas também mostra como Lorena e Maité estão muito expostas a vírus e problemas que passam ao lado da maioria das crianças, mas que a elas as afetam com mais força, obrigando a constantes internamentos hospitalares e a uma força extra que Daniela garante ter em prol do amor pelas filhas.

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