• Vivian Sotocórno
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Chloé (Foto: Reprodução/ Youtube)

Chloé (Foto: Reprodução/ Youtube)

No dia que a fundadora Gaby Aghion completaria 100 anos, Gabriela Hearst estreia na Chloé menos de três meses após ser nomeada diretora criativa da casa - e prova que não há futuro para o mundo que não passe por colocar em primeiro plano a sustentabilidade ambiental e social. Uruguaia radicada em Nova York, que há cinco anos vinha estabelecendo a grife própria como sinônimo de eco-luxo e responsável pelo primeiro desfile carbon-neutral de uma semana de moda (em 2019), ela presta respeito à história da casa e seus antecessores enquanto tem uma visão muito própria do que imagina para a Chloé - que se infiltra com sutileza no design; mas com grande força e impacto na maneira de fazer as coisas. Em uma apresentação filmada em torno do Café del Flore, onde aconteceu o primeiro desfile da grife, em 1956, Hearst trabalhou com delicadeza todos os códigos da Chloé, com acréscimo de um belo olhar para cores, enquanto se valeu de fornecedores da Organização Mundial do Comércio Justo, desenvolveu casacos com materiais reaproveitados em parceria com a Sheltersuit Foundation e ainda recomprou 50 bolsas Edith usadas, que foram ressignificadas com sobras de tecido e talismãs de cristal - provando que não poderia ser contratação mais acertada aos tempos atuais e fazendo jus ao nome da casa, que em grego significa “florescer”.