• Redação Vogue
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O primeiro Museu da Vagina está em Londres e acabou de inaugurar! (Foto: Reprodução/ Instagram)

(Foto: Reprodução/ Instagram)

Com a busca incansável por um lifestyle mais natural, em contato com a natureza e focado no bem-estar e na sustentabilidade, a ginecologia natural virou um tema muito falado nos últimos anos por ajudar mulheres a desenvolverem uma conexão com o próprio corpo, além de promover questionamentos sobre o uso de métodos contraceptivos.

O assunto foi abordado no bate-papo "Ginecologia natural: cuidados íntimos, autoconhecimento e conexão corporal", que compõe a grade da programação do segundo dia do Summit de Wellness da Vogue Brasil. Para a conversa, a nossa editora-assistente de beleza e wellness, Bárbara Öberg, recebeu a editora contribuinte de sustentabilidade da Vogue Brasil Fernanda Simon e a ginecologista Halana Faria, confira alguns destaques do talk:

"Eu vejo com grande entusiasmo esse crescimento e difusão da ginecologia natural porque o que ela pretende é resgatar a autonomia das pessoas para que elas possam entender o que acontece com a sua saúde, com o seu ciclo, e poder tomar decisões junto com os profissionais que as cuidam, mas, principalmente, ter informação para que haja autonomia para cuidar de si mesma. Questionar a maneira como a ginecologia tem se construída", afirma a ginecologista Halana Faria.

"A ginecologia se desenvolveu construindo uma narrativa sobre um corpo feminino que é eminentemente defeituoso e que precisa de correção. Logo, a ginecologia natural é um enfrentamento, uma prática subversiva porque se contrapõe a maneira como historicamente vem se oferecendo cuidado as pessoas que precisam de assistência ginecológica", garante.

Perante a visão da sustentabilidade, a editora contribuinte de sustentabilidade da Vogue Brasil Fernanda Simon alerta: "um ponto que é muito importante a gente se questionar como mulher é o uso dos absorventes. Obviamente, existem questões sociais sobre o uso deles em comunidades de mulheres que não tem acesso e que de fato precisam dos absorventes, mas também precisamos nos questionar se esse uso é saudável para nós e para terra. Tem pesquisas que mostram que uma mulher que menstrua por aproximadamente 40 anos usa de 150 a 200 quilos de absorventes ao longo da sua vida. Tudo isso acaba virando lixo, um lixo que não é biodegradável e que é feito da mistura de químicos com plástico e algodão transgênico. É importante olhar para alternativas igualmente acessíveis e sustentáveis disponíveis hoje, como o coletor, calcinha menstrual e os paninhos", explica. "Esses tipos de produto, além de serem gentis com o meio-ambiente, trazem uma conexão por nos levar a tocar e olhar o nosso sangue."

O bate-papo completo está disponível no YouTube da Vogue Brasil.