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Cicatrizes: as marcas na pele que contam uma história
A gente tem que aprender a amar os nossos corpos do jeito que eles são, do jeito que eles se apresentam nesse momento
1 min de leituraAs cicatrizes da alma quase ninguém vê - a não ser que a gente queira mostrar -, mas, em geral, as cicatrizes físicas estão mais expostas e prontas para serem reveladas. E cada uma delas revela uma história. E não há motivo nenhum para a gente se envergonhar delas.
Eu tenho uma cicatriz externa que, apesar de não achá-la a coisa mais linda do mundo esteticamente, eu aprendi a amá-la, respeitá-la e admirá-la. Meu filho, Matheus, nasceu de cesariana, portanto essa é uma cicatriz que me acompanha há 15 anos. Foi a partir dela que nasceu meu bem mais precioso.
Mas por que estou falando de cicatrizes? Porque elas também são parte do conceito de Corpo Positivo. A gente tem que aprender a amar os nossos corpos do jeito que eles são, do jeito que eles se apresentam nesse momento. E isso me veio à mente depois de conhecer o perfil no Instagram @behindthescars_.
Nele, a fotógrafa Sophie Mayanne - que também é uma mulher plus size empoderada - registra pessoas de diferentes tamanhos, cores, formas e gêneros e suas cicatrizes. E, mais do que isso, ela abre espaço para cada personagem retratado contar a história por trás de cada marca em seus corpos.
Lá a gente conhece histórias de pessoas que passaram por acidentes de carro, transplantados, pessoas que venceram doenças crônicas, queimaduras, transições de gênero, cesarianas e tantas outras histórias de superação e aceitação. É forte, às vezes bem duro ler os relatos, mas nos dá força para entender que tudo pode passar nessa vida e se transformar. E mais importante: que a gente se adapta e consegue amar a gente do jeito que a gente é, com todas as nossas marcas internas e externas.