• Yasmine McDougall Sterea
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Yasmine McDougall Sterea entrevista Daniela Cachich, VP de marketing da PepsiCo (Foto: Divulgação)

Yasmine McDougall Sterea entrevista Daniela Cachich, VP de marketing da PepsiCo (Foto: Divulgação)

“Ela é uma bailarina que aprendeu a dançar conforme o caos” - a frase é o do Zack Magiezi, mas se aplica perfeitamente à Daniela Cachich, vice-presidente de marketing da PepsiCo, que participa de mais uma edição do Zebra Zebra, programa comandado por nossa colunista Yasmine McDougall Sterea.

Se por muitos anos o mundo da publicidade trabalhou com sonhos de consumo e modelos a serem seguidos, hoje o foco é a verdade e o impacto positivo que um produto pode causar na vida das pessoas. E dessa forma que a Dani Cachich foi pioneira nos mercados em que atua. 

Antes da PepsiCo, ela passou pela Unilever, no mesmo momento em que foi iniciada a campanha da Dove pela Real Beleza. Foi neste momento que ela percebeu o potencial que as marcas têm de fazer o bem. “Uma marca pode ter seu benefício funcional e também falar de autoestima. A partir daí, toda vez que comecei a trabalhar com uma marca sempre pensei ‘além de vender esse produto, o que mais eu posso fazer para impactar as pessoas?’” conta.

Depois, a Dani foi trabalhar na Heineken, onde a questão não era o produto em si, mas todo um mercado que historicamente objetificou as mulheres. Ela lembra que naquele período, cerca de 30% das consumidoras da cerveja eram mulheres, e esse público não poderia ser desconsiderado na hora da comunicação. Ela mostrou que não só é possível vender cerveja sem apelar para campanhas que explorem a imagem feminina, como iniciou um movimento entre diversas marcas no mesmo sentido.

E por falar em movimento, na PepsiCo ela esteve por trás da campanha do Doritos Rainbow no Brasil, para valorizar a pluralidade da comunidade LGBTQI+. “Se a frase de impacto do produto é ‘for the bold’, ou seja, ‘para os ousados’, nada é mais ousado do que ser você mesmo”, conta Dani Cachich. Da mesma forma, ela cita a eQlibri, que aposta em uma comunicação ligada à saúde e ao equilíbrio, em um segmento que muitas vezes tenta vender produtos para conseguir “o corpo de verão”. “As marcas têm que ter consistência com as suas verdades. Quando algo é feito superficialmente, as pessoas percebem”, afirma Dani.

Na conversa com Yasmine, outros assuntos como o medo de inovar, a importância de ser resiliente e a segurança que uma mulher conquista ao longo da vida também estão presentes. Confira!

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil