Microsoft: resultado fica acima das expectativas e ação sobe

Para os analistas da XP, Paulo Gitz e Maria Irene Jordão, o resultado foi sólido, com crescimento anual acima de 10% em todas as linhas de negócio: Produtividade, que engloba as receitas do pacote Office, Microsoft 365 e LinkedIn (+12%), Computação em nuvem (+21%) e Computação Pessoal, que engloba receitas com Windows, venda de computadores e segmento de games (+17%). A divisão de Computação em Nuvem representou 43% das receitas nesse trimestre, enquanto a de Produtividade equivale a 32% e a de Computação Pessoal fica com 25%.

O Azure, seu produto de computação na nuvem, cresceu 31% no comparativo anual, acima dos 30% no trimestre anterior e acima das expectativas de 29%. O ponto negativo, observa Matheus Popst, sócio da Arbor Capital, foi o crescimento do Office. "Apesar de não ser possível dizer que o número é ruim, veio pior que as expectativas: o crescimento do Office desacelerou de 14% nos últimos trimestres para 12% nos primeiros três meses do ano".

Já o crescimento do Windows acelerou para 11%, algo que não acontecia desde 2022, analisa Popst. "O mercado de PCs passou por uma grande recessão pós-pandemia, quando os consumidores não precisaram atualizar seus computadores por anos. Agora o mercado começa a se recuperar".

A empresa apresentou uma nova linha de computadores Surface com chave para acesso rápido ao chatbot Copilot, começou a vender acesso ao Copilot para pequenas empresas e já contabilizou os resultados do segmento de games incluindo os números da aquisição da Activision, relata William Castro Alves, estrategista-chefe da corretora Avenue. Além disso, contratou o cofundador do laboratório de inteligência artificial DeepMind para administrar um novo grupo de IA na companhia.

A Microsoft não deu nenhuma projeção para os próximos trimestres: deixou para realizar esses anúncios na teleconferência que inicia às 18h30. As ações reagem bem aos dados e sobem cerca de 4% no pós-mercado de Nova York.