BC sobe projeção do PIB para 2024 e diz que chance de IPCA furar teto da meta é de 28%

A meta de inflação definida pelo governo é de 3%, com um intervalo de 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo. Portanto, o "limite" seria de uma inflação de 4,5%. Segundo o BC, a chance de o IPCA superar esse teto é de 28% neste ano. Ainda de acordo com a autoridade monetária, não há chances de a inflação ficar abaixo da faixa.

Para 2025, a chance de ficar abaixo é de 9% e acima é 21%. Para 2026, 11% de ficar abaixo e 17% de ficar acima. e 21% em 2025 e de 17% em 2026.

O relatório ainda mostrou que a autoridade monetária projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 4% em 2024, em 3,4% em 2025 e em 3,2% em 2026. Todas as projeções, portanto, mostram uma inflação dentro do intervalo tolerável estipulado pelo governo.

O relatório ainda mostrou que o BC projeta uma inflação de 0,33% para junho; de 0,12% para julho; de 0,07% para agosto e de 0,21% para setembro.

Assim, a estimativa é de inflação de 4,35% nos 12 meses até junho e 4,13% nos 12 em meses até setembro, ambas dentro do intervalo considerado tolerável.

No relatório, o Banco Central ainda elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024 de 1,9% para 2,3%. Segundo o BC, houve um aumento da projeção para o grupo de atividades mais cíclicas e redução para o grupo de atividades menos cíclicas, com as estimativas para a variação anual do Valor Adicionado Bruto (VAB) passando de 2,1% para 3,1% para os mais cíclicos e de 1,6% para 0,9% para os menos cíclicos.

"A revisão foi bastante afetada por surpresas positivas no primeiro trimestre, notadamente em impostos, nos componentes mais cíclicos da oferta, no consumo das famílias e na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF)", diz a autoridade monetária no documento. "Espera-se que o consumo das famílias cresça mais que no ano anterior, mesmo com a redução do ritmo de expansão dos benefícios sociais", afirma o BC.