Política
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Por e , Valor — São Paulo


O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição, defendeu nesta quinta-feira (15) o uso do Theatro Municipal da capital paulista para solenidade de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). O prefeito disse se tratar de um espaço público, que tinha horário vago, e afirmou que os questionamentos contrários demonstram intolerância e perseguição política. Nunes busca o apoio da família Bolsonaro e de bolsonaristas para disputar a reeleição na cidade.

Os vereadores aprovaram em novembro do ano passado o projeto que concede a honraria à ex-primeira-dama. Nessa semana, a Prefeitura de São Paulo autorizou o uso do Theatro Municipal para a entrega, prevista para este mês, dia 25. Em geral, as homenagens são feitas dentro da própria Câmara Municipal. Integrantes do Psol acionaram a Justiça e os Ministérios Público e Eleitoral contra a cessão do espaço. Para os parlamentares, há finalidade eleitoral na decisão do prefeito.

Questionado nesta quinta-feira, Nunes afirmou ser comum o Theatro Municipal receber eventos solicitados por outras entidades ou instituições sempre que há horário vago. "O Theatro Municipal é espaço do povo", disse ao defender também a legitimidade da Câmara Municipal em conceder a homenagem a Michelle.

O pedido para usar o espaço foi apresentado, segundo o portal g1, pelo vereador Rinaldi Digilio (União), um dos autores do projeto de lei. A jornalistas, Nunes disse que a Câmara Municipal não teria espaço suficiente para receber o número de convidados estimado para a solenidade.

Para o prefeito, a cessão do espaço é questionada por se tratar da Michelle, esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Gente, vamos criar juízo. Que democracia é essa? Democracia da hipocrisia?", afirmou.

O prefeito cobrou um "pouco de consciência" da oposição. "Acho um tiro no pé essas coisas. As pessoas estão percebendo. Passa a ser perseguição. Não é salutar para democracia isso", complementou.

Os questionamentos à Justiça e os pedidos de investigação foram apresentados por deputados e vereadores do Psol, partido de oposição a Nunes. "O Theatro Municipal não é lugar de politicagem! É um patrimônio público que pertence a todos nós e não deve ser usado para atividades eleitoreiras. O prefeito Ricardo Nunes, interessado no apoio de Bolsonaro nas eleições, será o único beneficiado com essa homenagem esdrúxula", afirmou o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), em suas redes sociais.

Nunes, que disputará a reeleição em outubro, tem o PL de Bolsonaro entre as promessas de aliança. O apoio direto do ex-presidente ainda está em negociação. A jornalistas, o prefeito disse que a concessão do espaço não tem relação partidária. "Se amanhã a Câmara pedir e for homenagear qualquer pessoa que tenha reputação ilibada, e que a Câmara tenha votado, se o Theatro tiver espaço vago, vai ceder, como cede para muita gente", disse.

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes — Foto: Reprodução/YouTube - PMSP
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes — Foto: Reprodução/YouTube - PMSP
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