O segmento da X P voltado a investidores institucionais, que integra a divisão XP Corporate, registrou no último ano um crescimento de 140% em sua operação para administradores do chamado Regime Próprio da Previdência Social (RPPS). O volume aplicado atingiu R$ 2,4 bilhões em março, contra R$ 1 bilhão no mesmo mês de 2020.
Segundo executivos da XP, o desempenho reflete diferenciais que permitem aumentar o retorno dos investimentos e reduzir taxas de administração. A lista inclui uma boa seleção de fundos de gestores independentes no Brasil, a maior oferta do mercado de investimentos no exterior para RPPS e a possibilidade de negociar títulos públicos diretamente na plataforma do banco.
Cerca de 2.100 dos 5.570 municípios brasileiros adotam o RPPS, em vez do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para seus servidores concursados. Eles mantêm fundos que recebem contribuições mensais de servidores e prefeituras e pagam aposentadoria e pensão aos beneficiários. O saldo global desse segmento é estimado hoje em R$ 190 bilhões.
Um dos principais desafios dos administradores desses fundos diz respeito à aplicação dos recursos. A decisão deve respeitar as rigorosas normas estabelecidas pela Resolução nº 3.922/2010 do Banco Central, que estabelece uma série de limites às opções de investimento para preservar a segurança do sistema. Por outro lado, é preciso alcançar a meta de retorno necessária para o equilíbrio atuarial do RPPS, que hoje exige rentabilidade equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 5,80% ao ano.
Até alguns anos atrás, praticamente a totalidade desses recursos era investida nos grandes bancos, principalmente nos públicos. A XP, segundo a head de Investidores Institucionais, Taís Campos, foi uma das primeiras instituições a criar uma operação exclusiva para o segmento. “A principal diferença é que os bancos oferecem aos RPPSs apenas produtos de gestão própria, enquanto a diversificação em assets independentes tem entregado melhores resultados”, ela explica.
A plataforma da XP oferece atualmente 65 fundos aos investidores de RPPS, de 17 diferentes gestores. Desse total, 34 são locais, e 31 são fundos de investimento no exterior, em parcerias da própria asset da XP com alguns dos maiores bancos de investimento do mundo, como Morgan Stanley, JP Morgan, Axa, BridgeWater, Wellington e Ashmore.
O head de RPPS da XP, Lauter Ferreira, lembra que a autorização para investir diretamente no exterior só foi concedida ao segmento em 2019. Em pouco tempo, a XP se tornou a instituição com mais opções de investimento direto no exterior e também a líder no ranking de capital investido lá fora por RPPS.
As normas que regulam o setor restringem as aplicações basicamente a fundos de investimento, com limites específicos para diferentes modalidades. A exceção são os títulos públicos do governo brasileiro, que os administradores de RPPS podem comprar e vender livremente. Um dos trabalhos que a XP vem fazendo é estimular os clientes do segmento a operar diretamente em sua plataforma. Assim, eles podem formar carteiras com prazos e rendimentos mais bem ajustados às suas necessidades atuariais e ficam livres das taxas de administração cobradas pelos fundos de títulos públicos.
Outro diferencial da XP, segundo Ferreira, são os cursos oferecidos gratuitamente aos gestores de RPPS. A grade conta com 25 títulos, incluindo desde os tradicionais programas preparatórios para as certificações CPA 10 e CPA 20, os cursos exigidos pela Secretaria da Previdência Social e opções para ajudá-los a desempenhar melhor sua função social junto aos beneficiários, como o curso de Atendimento Humanizado para Idosos. “É uma forma de mostrar que a nossa parceria não busca apenas o investimento, mas visa também ao fortalecimento deles como instituição”, conclui Ferreira.
SERVIÇO
Para mais informações, acesse https://www.xpi.com.br