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Por Vale

Pouco mais de um ano após assumir o compromisso de neutralizar todas as suas emissões de carbono até 2050, a Vale, uma das líderes globais no setor de mineração, vem avançando rapidamente na sua agenda de sustentabilidade, especialmente no uso de energias provenientes de fontes renováveis, fundamental para a descarbonização da cadeia produtiva.

A companhia, que figura hoje como uma das maiores consumidoras de energia do Brasil, tem como objetivo atingir a autossuficiência energética no país até 2025 e usar somente energias renováveis em suas operações em todo o mundo até 2030 - atualmente, este índice já está em 87%. A obtenção dessa energia residual, no entanto, ainda exigirá grandes esforços por parte da empresa.

A Vale tem hoje uma demanda global de 12 mil gigawatts/hora de energia, volume próximo à produção total da usina de Itaipu, com capacidade de geração de 14 gigawatts. Esses 13% restantes, portanto, representam 1,5 mil gigawatts/hora, energia suficiente para abastecer uma cidade de três milhões de habitantes.

"Esse volume restante ainda é muito representativo, especialmente quando levamos em consideração as particularidades regulatórias e a disponibilidade de parceiros em cada país onde atuamos. Em algumas regiões, essa energia renovável não está disponível. Precisaremos avaliar as melhores alternativas caso a caso", afirma Virginia Perez, analista de Investimentos em Energia da Vale.

Desafios para diversificação

No Brasil, dono de uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com 83% da sua energia proveniente de fontes renováveis, o desafio da Vale segue no caminho da diversificação. Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por nada menos do que 64,9% de toda a eletricidade consumida no Brasil, o que torna o país altamente dependente das chuvas, que têm se tornado cada vez mais irregulares com as mudanças climáticas.

A saída encontrada pela companhia tem sido o investimento, direto ou ao lado de parceiros, na construção de usinas eólicas e solares. Em 2020, a Vale firmou um acordo com a Casa dos Ventos para o fornecimento de até 151 megawatts de energia limpa produzida no complexo Folha Larga Sul, na Bahia, iniciativa que contribuirá para uma redução de emissões da ordem de 32 mil toneladas de CO2e por ano.

Fundada em 2015, a Aliança Energia é uma joint venture da mineradora com a Cemig, que desde a sua criação opera com uma matriz 100% renovável - mas até pouco tempo atrás, totalmente originada em hidrelétricas.

Atualmente, a Aliança já conta com 10% de sua matriz energética proveniente de um parque eólico no Ceará e deve aumentar esse percentual até 2022, quando outros dois projetos semelhantes entrarão em operação, agregando mais 180 MW de energias renováveis ao sistema.

A aposta nos parques eólicos faz sentido. Além de mais sustentável - já que não exige a construção de barragens - a sua implementação ainda é bem mais rápida. De acordo com especialistas do setor, um parque eólico de porte médio pode ser construído em até 18 meses, enquanto uma hidrelétrica com capacidade equivalente pode demorar entre três e quatro anos para começar a gerar energia.

Em outra frente, a mineradora também está investindo US$ 500 milhões na construção de um dos maiores parques solares do país. Localizado em Minas Gerais, o complexo Sol do Cerrado terá capacidade instalada de 766 megawatts, energia suficiente para atender 13% da demanda da Vale em 2025, e que ainda trará uma economia anual de US$ 70 milhões com a compra de energia após o início da operação, previsto para o final de 2022.

"Energia impacta diretamente na competitividade do nosso negócio. Precisamos encontrar opções sustentáveis e que sejam ao mesmo tempo economicamente viáveis", explica Ricardo Mendes, gerente-executivo de Energia da Vale.

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