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Por Vale


Vale lança “minério  verde” que reduz em  até 10% as emissões de  gases do efeito estufa — Foto: Vinicius Morais
Vale lança “minério verde” que reduz em até 10% as emissões de gases do efeito estufa — Foto: Vinicius Morais

Após quase 20 anos de pesquisas e desenvolvimento, a Vale acaba de lançar um revolucionário "briquete verde" capaz de reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa no processo de produção de aço nas siderúrgicas. O novo produto é composto por minério de ferro e uma solução inédita de aglomerantes, que inclui em sua formulação areia proveniente do tratamento de rejeitos de mineração.

A queda das emissões ocorre porque o "briquete verde" permite que as siderúrgicas reduzam a necessidade de sinterização, um processo anterior à produção do aço que demanda o uso intensivo de combustíveis fósseis para o processamento do minério a temperaturas que podem chegar aos 1.300oC.

O novo produto, por sua vez, é considerado um aglomerado a frio que dispensa a queima – o processamento se dá por meio de cura a temperaturas entre 200oC e 250oC, o que demanda menos energia. O material ainda reduz a emissão de materiais particulados e de gases como dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio, além de dispensar o uso da água na sua produção.

Os primeiros testes industriais com o novo composto ocorreram em 2019, em fornos a carvão vegetal. Em 2020, foram realizados testes em forno a coque de grande escala. “A partir dos resultados satisfatórios, consideramos que estávamos prontos para iniciar a construção das primeiras plantas para lançar o produto comercialmente”, explica Rogerio Nogueira, diretor de Marketing de Ferrosos da Vale.

Com investimento de US$ 185 milhões para a construção de uma nova planta no Complexo de Vargem Grande, em Minas Gerais, e a adaptação de outras duas usinas na Unidade Tubarão, no Espírito Santo, o “briquete verde” deve chegar ao mercado em 2023, com uma produção inicial de aproximadamente sete milhões de toneladas por ano.

A meta da companhia, no entanto, é elevar a produção do novo material a 50 milhões de toneladas por ano, volume que permitiria uma redução superior a seis milhões de toneladas de carbono equivalente por ano nas siderúrgicas.

‘Net Zero’

O desenvolvimento do “briquete verde” faz parte da estratégia da Vale de reduzir em 15% as emissões da sua cadeia de valor, incluindo fornecedores, transporte terceirizado e indústrias siderúrgicas parceiras, até 2035. Em números absolutos, isso significa uma redução potencial de 90 milhões de toneladas de carbono equivalente, volume igual às emissões do uso de energia do Chile em 2019.

A meta faz parte de um compromisso maior da Vale de zerar as suas emissões líquidas de carbono, diretas e indiretas, até 2050. Para isso, a companhia vai investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões para reduzir em 33% essas emissões até 2030. Trata-se do maior e mais ambicioso investimento já empenhado pela indústria da mineração no mundo para o combate às mudanças climáticas.

Desde que anunciou as suas metas, a Vale vem firmando parcerias com siderúrgicas parceiras para discutir projetos de descarbonização. Em memorando de entendimento firmado em agosto com a Ternium, por exemplo, foi acordado o início dos estudos técnicos e econômicos para avaliar a viabilidade da construção de uma planta de “briquete verde” nas instalações da siderúrgica no Brasil.

"O ‘briquete verde’ faz parte da linha de evolução dos produtos de minério de ferro oferecidos pela Vale ao longo de sua história, resultado de investimentos expressivos em pesquisa e inovação", afirma Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale. "É um produto que vai revolucionar o processo de produção do aço”, conclui o executivo.

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