Dados de inflação abaixo da expectativa nos Estados Unidos aliados à melhora do cenário local renovaram o apetite por risco de investidores e levaram o Ibovespa à sua nona alta consecutiva nesta quinta-feira (11), sequência que não ocorria desde fevereiro de 2018. Nessa linha, ações de menor capitalização e ligadas à economia doméstica ampliaram ganhos recentes.
O índice subiu 0,85%, aos 128.294 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 127.221 pontos, e, nas máximas, os 128.326 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,74 bilhões no Ibovespa e R$ 19,68 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,88%, aos 5.584 pontos, Dow Jones fechou em leve alta de 0,08%, aos 39.753 pontos e Nasdaq recuou 1,95%, aos 18.283 pontos.
Após o CPI americano de junho surpreender positivamente pela manhã, o bom humor tomou conta dos mercados globais, na medida em que investidores voltam a ganhar confiança em relação a possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) este ano.
Com isso, as taxas recuaram e o Ibovespa seguiu avançando, com destaque para empresas sensíveis ao cenário macro doméstico. O Índice Small Caps subiu 0,98%; Lojas Renner ON teve ganhos de 3,08%, em dia de surpresa altista nos dados de varejo; e B3 ON teve ganhos de 2,89%.
Marcelo Nantes, gestor de renda variável do ASA, afirma que, apesar dos ganhos recentes acumulados pelo Ibovespa, o dado de inflação americano, combinado com o IPCA local, pode dar alguma sustentabilidade para o fluxo estrangeiro, que tem sido determinante para direcionar a performance da bolsa.
“Os dados de inflação local e dos EUA trouxeram boas notícias e podem manter a entrada de fluxo estrangeiro no curto prazo, ainda mais se pensarmos que o câmbio se desvalorizou, o que reduz os riscos para os não residentes”, diz. “Nós aumentamos um pouco o risco nas últimas duas semanas. Vamos voltar a conversar com as empresas. O lado macro está melhorando e, agora, precisamos ver a lucratividade das empresas aumentar.”