Finanças
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Por , Valor — São Paulo

Os riscos domésticos seguem pesando sobre o mercado financeiro brasileiro, agora com um ingrediente a mais: a sucessão no Banco Central. Diante disso, o Ibovespa apresenta o pior desempenho entre as principais bolsas globais em 2024 e o real tem a segunda maior desvalorização no ranking de 33 moedas, logo atrás do iene.

Embora a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano - apesar das pressões do governo Lula para reduzir os juros - tenham trazido alívio aos investidores, a escolha do sucessor de Roberto Campos Neto no comando a autoridade monetária é o que vem tirando o sono dos agentes.

O mandato de Campos Neto termina em dezembro deste ano, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de indicar o novo presidente do BC até lá. Existe uma ansiedade no mercado para que o nome do indicado seja divulgado logo. Há temores de que, na próxima gestão, o Banco Central seja mais leniente com a inflação.

As expectativas dos economistas para a inflação não param de piorar. Os temores de que o governo não reduza os gastos e assim atrapalhe o combate à inflação pairam sobre o mercado local.

Esta combinação de fatores tem afugentado os investidores. Somado a isso, há ainda o componente externo. Enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não reduzir os juros, os demais mercados continuarão perdendo atratividade, sobretudo os emergentes. Um relaxamento monetário americano não deve ocorrer antes de setembro deste ano.

O dólar atingiu ontem o maior nível frente ao real desde julho de 2022, a R$ 5,4622. Com isso, até esta quinta-feira (20), o real recua 11,16% ante a moeda americana em 2024, ficando atrás somente do iene (-11,23%) no ranking de desvalorização, conforme levantamento do Valor Data que compara o desempenho de 33 moedas este ano até esta quinta-feira (20). A terceira pior divisa é o peso argentino (-10,47%).

Com as incertezas que também atingem o cenário externo, apenas o rublo russo (+2,18%) e a rupia indiana (+1,93%) avançam em 2024 na comparação com o dólar.

Entre os índices de ações globais, o Ibovespa segue isolado na lanterna, com perda de 10,24%. Já o IPC do México recua 7,06%.

As outras 18 bolsas da lista operam em alta em 2024, com destaque para o índice Merval, da Argentina, com alta de 69,57%, e o Bist, da Turquia (+43,77%) . A terceira maior valorização é do índice americano de tecnologia Nasdaq, com +18,05%.

Mais recente Próxima Bolsa e real ampliam alta em meio a ajuste de posições; juros futuros voltam a cair

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