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Por , Valor — São Paulo

O grupo CCR poderá gerar de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões por meio da atração de novos sócios a suas plataformas e pela venda de ativos do portfólio atual. O objetivo é ganhar fôlego para seguir crescendo.

A prioridade será construir plataformas de aeroportos e de mobilidade urbana com novos sócios, mas a divisão de rodovias, a principal do grupo, também deverá caminhar para esse modelo no futuro, segundo o presidente da empresa, Miguel Setas, que apresentou o plano do grupo até 2035 durante evento com investidores nesta terça (28).

O processo está mais avançado no caso de mobilidade, em que o desenho da nova plataforma já está sendo concebido, porém, Setas afirma que ainda não há bancos contratados para a busca de novos sócios estratégicos. "Em mobilidade urbana, CCR é o sétimo maior operador do mundo. Portanto, preferencialmente o sócio que pode estar mais próximo, mais adequado é de caráter mais financeiro", disse ele.

No caso de aeroportos, a CCR tem até novembro deste ano para concluir os principais investimentos previstos nas concessões do grupo e, por enquanto, o foco é entregar as obras, segundo o presidente. Porém, ele diz que na sequência a companhia quer estar pronta para participar dos movimentos de consolidação do mercado aeroportuário, que hoje está fragmentado. Nesse modal, o grupo vislumbra uma fusão com outro operador ou grupo financeiro para formar uma plataforma maior, que poderá atuar na América Latina.

“A reciclagem de capital tem duas missões: geração de valor e criar espaço no nosso balanço para aumentar o poder de fogo para continuar a crescer”, disse ele.

A atração de parceiros nas plataformas deverá ser a principal fonte de capital, dentro da estimativa de até R$ 10 bilhões até 2035. Mas, além disso, também estão previstos desinvestimentos em ativos selecionados e a venda de participação acionária em ativos.

Negócios associados às concessões

O plano da CCR para os próximos dez anos prevê que negócios adjacentes associados às concessões se tornem mais uma vertical do grupo e passem a representar mais de 10% da receita, afirmou Setas.

A perspectiva de crescimento da companhia até 2035 é de algo próximo a 10%, considerando a taxa de crescimento anual composta do Ebitda ajustado. Porém, os negócios associados deverão avançar em ritmo maior — em 2023, operações ligadas à mobilidade, por exemplo, avançaram 45%.

“Estamos muito engajados em crescer com receitas nas laterais aos negócios principais, entendemos que vai aparecer uma vertical com relevância de uma unidade de negócios”, disse ele,, durante o CCR Day. Hoje, essas receitas representam 6% da receita total, o que em 2023 significou R$ 1 bilhão.

“Há um potencial expressivo em negócios de ‘real state’ [imobiliário], varejo, energia, telecomunicações, logística e publicidade. Temos um plano até 2035, com cada uma das linhas sendo olhada com lupa. Isso vai permitir uma receita [com peso de] de, ao menos, 10% da receita em 2035, considerando o portfólio atual”, afirmou Setas.

"Compromisso mínimo”

Essa perspectiva de crescimento da CCR de, até 2035, crescer anualmente entre 8% e 10%, considerando o Ebitda ajustado, é uma estimativa conservadora, segundo o presidente, Miguel Setas.

“As premissas subjacentes incluem estimativas de crescimento em todas as frentes, crescimento orgânico com aumento de demanda, crescimento com extensão dos contratos, como nos casos de mobilidade, alguns com processo de renegociação, como a MSvias, e a eventual conquista de novos ativos. Tudo isso compõe o cenário. É um cenário conservador. A conquista de novos ativos traz cenário conservador. É compromisso mínimo”, disse ele.

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