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Por e , Valor — Brasília


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que há uma "guerra histórica sobre a questão da utilização dos recursos do Orçamento". Sob críticas por não exercer cortes de gastos, disse ter uma "divergência profunda sobre o que é gasto e o que é investimento".

Em entrevista à rádio CBN, Lula criticou os empresários por, segundo ele, se queixarem de gastos em programas sociais, mas se beneficiarem de isenções.

"As mesmas pessoas que reclamam que tem gasto exagerado em programas sociais, as mesmas pessoas que falam que precisa parar de gastar, são as mesmas pessoas que têm R$ 546 bilhões em isenção", disse Lula. "Por isso que eu digo que não me falem que tem que fazer ajuste em cima das pessoas mais humildes deste país."

"Eu estou disposto a discutir com os empresários em qualquer lugar e a gente saiba quem é que está gastando. Nós temos quase R$ 1 trilhão [de déficit] para a Previdência. É muito? É muito. Mas, se tem gente para aposentar, vai aumentar. Mas o que é muito é ter quase R$ 600 bilhões em isenção."

Lula afirmou que cabe à equipe econômica apresentar a ele a necessidade de cortes. E confirmou ter dito à ministra do Planejamento, Simone Tebet, estar perplexo com a quantidade de renúncias fiscais concedidas pelo governo.

"Eu disse a ela que fiquei perplexo com a gente discutindo cortes de R$ 10 bilhões aqui e a ali. E você pega a agricultura que tem isenção de quase R$ 60 bilhões, pega o setor de combustível que tem isenção de R$ 32 bilhões", disse. "Você vai jogar isso em cima do pescador, do aposentado, da dona de casa, da empregada doméstica? Se tiver alguém recebendo o que não deve receber vai parar de receber. Eu acho que o problema do Brasil é que a parte mais rica do Brasil tomou conta do Orçamento. Porque é muita isenção, é muita desoneração, é muito benefício fiscal sem que haja reciprocidade para o mundo do trabalho."

 — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
— Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
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