O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (27) as diretrizes para a criação do Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas, que foi aprovado pelo Congresso em meados de maio, durante as enchentes históricas que castigaram o Rio Grande do Sul.
As diretrizes vão balisar também estados e municípios na criação de suas estratégias de enfrentamento e adaptação aos extremos do clima, como enchentes e secas, que estão se tornando mais frequentes e intensas à medida que a Terra aquece.
Com isso, as políticas públicas e de desenvolvimento econômico e social nas esferas federais, estaduais e municipais deverão considerar os riscos climáticos, contando com regras mais claras planejar soluções de resiliência.
Além de focar em sistemas produtivos e de infraestrutura, as diretrizes garantem apoio aos municípios mais vulneráveis e expostos às ameaças climáticas. Também está previsto o acesso a recursos do Fundo Nacional sobre Mudança Climática para financiar a elaboração dos planos.
Entre as diretrizes que os planos deverão seguir, destacam-se: a adoção de medidas para reduzir perdas e danos; o estabelecimento de instrumentos econômicos, financeiros e socioambientais que permitam a adaptação de diferentes sistemas (naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura); e a integração entre as estratégias de mitigação e adaptação a nível municipal, estadual e federal, todas alinhadas aos compromissos do Acordo de Paris por meio da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).
As diretrizes também contemplam a sinergia dos planos de adaptação com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, a identificação de áreas e setores mais vulneráveis para estabelecimento de prioridades, fortalecimento do setor agrícola por meio das técnicas de agricultura de baixo carbono e monitoramento das ações previstas e a revisão do plano a cada 5 (cinco) anos.