Biodiversidade
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Por Jennifer Ann Thomas, para Um Só Planeta


No mundo, já foram registradas cerca de 1,7 milhão de espécies de animais, plantas e fungos  — Foto: Getty Images
No mundo, já foram registradas cerca de 1,7 milhão de espécies de animais, plantas e fungos — Foto: Getty Images

O termo biodiversidade significa diversidade biológica do mundo natural. Plantas, animais e micro-organismos constituem a biodiversidade de determinado local, que pode ser maior ou menor de acordo com as condições de cada região. O Brasil, por exemplo, é considerado o país mais biodiverso do mundo, em razão da riqueza natural existente na Floresta Amazônica, e em outros biomas, como a Mata Atlântica, o Pantanal e o Cerrado. A preservação da diversidade biológica é fundamental para o equilíbrio da vida humana.

A palavra “biodiversidade” foi usada pela primeira vez em 1985. Nos últimos anos, o conceito ganhou evidência por representar uma das ameaças diante da crise climática causada pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas.

De acordo com a ONG WWF Brasil, é preciso considerar a diversidade por duas frentes, a biológica e a genética. A primeira está presente em todos os lugares, incluindo desertos, tundras congeladas e fontes de água sulfurosas. A diversidade genética, responsável por permitir a adaptação da vida em diversos pontos do planeta, é composta por espécies individuais - grupos de animais e ecossistemas inteiros, como florestas e recifes de corais. A evolução entre essas interações fez a Terra se tornar habitável ao longo de bilhões de anos.

Por causa dessa construção milenar, a biodiversidade representa o conhecimento adquirido por espécies em evolução durante este período. É o resultado concreto da capacidade de sobrevivência em diversas condições. Por isso, quando espécies desaparecem, especialistas afirmam que a humanidade pode estar destruindo conhecimento sobre a própria vida.

Na Amazônia, 60 mil espécies de plantas, mamíferos, répteis, invertebrados, anfíbios, peixes e pássaros vivem na floresta — Foto: Tom Fisk no Pexels
Na Amazônia, 60 mil espécies de plantas, mamíferos, répteis, invertebrados, anfíbios, peixes e pássaros vivem na floresta — Foto: Tom Fisk no Pexels

No mundo, já foram registradas cerca de 1,7 milhão de espécies de animais, plantas e fungos. Contudo, estima-se que existam entre 8 a 9 milhões de espécies. Esse número, segundo alguns cientistas, pode chegar a 100 milhões. As regiões dos trópicos são as mais biodiversas do mundo. Em uma área de 15 hectares da Floresta de Bornéu, no sudeste asiático, por exemplo, há cerca de 700 espécies de árvores. O número é equivalente a toda a América do Norte.

Na Amazônia, 60 mil espécies de plantas, mamíferos, répteis, invertebrados, anfíbios, peixes e pássaros vivem na floresta. Cerca de 15% da biodiversidade do planeta está na região. A região também concentra mais de 600 tipos de habitats terrestres e aquáticos diferentes, como floresta tropical úmida, floresta de montanha, florestas aberta, savanas, pântanos, entre outros.

De acordo com a WWF Brasil, “a poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial” são algumas das principais ameaças à biodiversidade. Segundo a ONG, todos os anos, cerca de 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. Caso a tendência se mantenha, entre 5% e 10% espécies que habitam as florestas tropicais poderão ser extintas dentro dos próximos 30 anos.

O ritmo de extinção de espécies no último século pode ser até 100 vezes mais rápido do que em períodos anteriores — Foto: Getty Images
O ritmo de extinção de espécies no último século pode ser até 100 vezes mais rápido do que em períodos anteriores — Foto: Getty Images

De acordo com uma pesquisa publicada no periódico científico Science Advances, o ritmo de extinção de espécies no último século pode ser até 100 vezes mais rápido do que em períodos anteriores. No estudo, pesquisadores concluíram que, ao invés de sumir em 100 anos, as espécies deveriam ter levado entre 800 e 10.000 anos para desaparecer. Em 2015, a jornalista Elizabeth Kolbert publicou o livro A Sexta Extinção, no qual conta através da história de espécies ameaçadas ou já desaparecidas a forma como as ações desenfreadas dos humanos, como a caça predatória e a emissão de gases de efeito estufa, levaram ao desequilíbrio ecológico.

Um trabalho publicado em 2011 na revista científica Nature já estimava que a sexta extinção poderia estar em curso. De acordo com a pesquisa, paleontólogos consideram como extinções em massa quando a Terra perde mais de 75% de suas espécies em um intervalo de tempo geológico curto, como aconteceu em apenas cinco vezes nos últimos 540 milhões de anos. A extinção em massa em curso, causada pelas ações humanas, tem relação com as emissões de gases de efeito estufa, que estão interferindo na temperatura global e mudando do clima.

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