Governador eleito de Mato Grosso do Sul, o tucano Reinaldo Azambuja, deputado federal e propriet�rio rural, n�o � de falar muito.
Aos 51 anos, ele ainda tem um ar reservado. Mant�m os cabelos penteados para tr�s e as mangas da camisa dobradas na altura do cotovelo. Ao falar, o �rre interiorano se sobressai e faltam alguns plurais de vez em quando. Sorri pouco –e discretamente.
"Ele gosta mais � de ouvir", conta um aliado.
Foi ouvindo que Azambuja, filho de agropecuaristas e um dos candidatos mais ricos do pa�s (com patrim�nio de R$ 37 milh�es), se projetou como pol�tico.
"Ele tem um estilo formiguinha", conta o analista pol�tico Eron Brum, que o orientou no in�cio da carreira. "Faz pesquisa para tudo."
Azambuja come�ou como prefeito de Maracaju, no interior do Estado, aos 33 anos. Reeleito, foi tido como bom administrador e deixou o cargo com alta aprova��o.
Dois anos depois, foi o deputado estadual mais votado do Estado e, em 2010, elegeu-se deputado federal.
Juntando uma pedrinha aqui e outra ali, Azambuja percebeu uma oportunidade de quebrar a polariza��o entre PT e PMDB, que se alternam no governo h� 20 anos.
Lan�ou-se candidato a prefeito de Campo Grande dois anos atr�s, rompendo com o PMDB do governador Andr� Puccinelli, seu aliado.
Mesmo desconhecido, quase foi ao segundo turno e se tornou uma for�a pol�tica ascendente no Estado.
Sua candidatura ao governo se consolidou depois de uma "caravana pol�tica" lan�ada por ele h� um ano, que passou pelos 79 munic�pios do Estado e coletou queixas da popula��o, bem ao seu estilo "formiguinha".
Na campanha, Azambuja dizia representar a "nova pol�tica". Prometeu transpar�ncia, combate � corrup��o e mudan�a.
Ainda � visto por parte dos eleitores como um "outsider". Por ser rico, dizem, n�o vai querer roubar.