A Keyd chegou a um dos pontos mais baixos no League of Legends. Acostumada a disputar títulos e a participar de playoffs do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), a organização do tetracampeão Gabriel "tockers" viu uma queda acentuada no desempenho da line-up ao longo do 1º Split e ficou apenas na sétima posição do torneio. A campanha instável culminou na ida para a Série de Promoção, e agora os Guerreiros precisarão vencer uma série melhor de cinco jogos (MD5) contra o segundo colocado do Circuito Desafiante para se manter na elite do LoL nacional.
Com base do "Exodia", Keyd termina CBLoL apenas na sétima colocação — Foto: Divulgação/Riot Games
O resultado é ainda mais amargo quando a qualidade individual dos jogadores é analisada. A Keyd foi composta pela base do time da INTZ que dominou o cenário competitivo brasileiro em 2016. Além disso, recebeu a adição do suporte Matheus “Professor”, que ocupava um cargo de liderança no elenco da ProGaming. A única troca de jogadores aconteceu na selva - Gabriel “Revolta” deixou o posto para a chegada do taiwanês Huang “Laba”. Essa mudança, porém, ajuda a entender os motivos que levaram o time à segunda Série de Promoção da organização.
Participação de Laba
Laba não conseguiu manter o ritmo de jogo proposto por Revolta na Keyd — Foto: Divulgação/Riot Games
Revolta é conhecido por atormentar a vida dos adversários. No ano passado, boa parte do protagonismo da Keyd passava pela atuação dele. Com ganks contínuos e invasões na selva inimiga, o jogador conseguia frequentemente controlar espaços importantes no rio. Com Laba, porém, a situação não se repetiu.
As estatísticas ilustram bem o cenário enfrentado pela Keyd. Laba foi o caçador com a menor participação em abates de todo o CBLoL, com 61,7%. Até mesmo a dupla de caçadores da rebaixada ProGaming foram superiores no quesito. Luiz “Lima” e Leonardo “Leozuxo” conquistaram, respectivamente, 69,6% e 70%. Na última etapa, Revolta foi o responsável pelo maior índice de todo o time da Keyd, com 70% de participação em abates. Sendo assim, a mudança do estilo adotado na selva pode ter sido um dos agravantes para a campanha ruim da equipe.
Farpas...?
No mês de janeiro, após a primeira vitória da Keyd no CBLoL, o meio Gabriel “Tockers” rasgou elogios a Laba, afirmando que o atleta era o melhor caçador com o qual já havia jogado. Na ocasião, o adversário havia sido a KaBuM, que terminaria o primeiro turno do campeonato com apenas uma vitória.
Ao fim desta etapa, a situação se inverteu. Convocado para a entrevista coletiva após a derrota para a Redemption, que selou a ida da Keyd à Série de Promoção, Tockers voltou atrás. O meio afirmou, em uma das respostas, que o objetivo da declaração era colocar confiança em Laba.
Pressão por resultado
Yang foi o destaque do time no campeonato, mas não conseguiu livrar o time da Série de Promoção — Foto: Divulgação/Riot Games
A ausência de resultados foi outro aspecto que dificultou a vida da equipe neste início de ano. A expectativa pela saída de Revolta foi um agravante, mas não o principal. Na verdade, a pressão foi criada em função do desempenho do próprio time. Juntamente com a ProGaming, a Keyd não encerrou nenhum fim de semana de disputa na zona de classificação para os playoffs.
A continuidade desse cenário foi o estopim para a insatisfação dos torcedores, que passaram a cobrar vitórias. Além disso, a Keyd chegou a fazer um boot camp na Espanha durante a pausa do carnaval, aumentando a expectativa pela melhora. Não aconteceu, e o clima para as últimas partidas da fase regular esteve pesado para o time.