TV e Novelas
Christiane Torloni fala do impacto de 'A Viagem' em sua vida: "Transformadora"
Atriz, que atualmente está no ar na reprise de três novelas da Globo, conversou com Quem sobre suas personagens nas tramas
2 min de leituraChristiane Torloni, de 64 anos, está no ar em três reprises de novelas simultaneamente: A Viagem (1994), Mulheres Apaixonadas (2003) e Tititi (2010). Na trama mais antiga, a personagem Dinah mudou sua vida completamente. A história mergulhava no mundo espírita de Allan Kardec, ainda pouco falado na época. A atriz define a experiência profissional como transformadora.
"Acredito que A Viagem transformou a vida de todas as pessoas que fizeram parte daquela novela. Nós fizemos um mergulho profundo na obra de Allan Kardec. E, sem dúvida, ela vai tocando particularmente as nossas vidas ao longo da trama. Não digo nem do ponto de vista religioso, mas filosófico. O espiritismo é considerado uma grande filosofia. Eu me aproximei de pessoas que são grandes mestres, que eu gosto de ficar ouvindo as palestras. Vai abrindo dimensões internas de conhecimento que são muito importantes", define.
Torloni ainda vê semelhanças entre Diná e Helena, do folhetim de Manoel Carlos. "Tanto minha personagem em 'A Viagem', quanto em 'Mulheres Apaixonadas', são exemplos de anti-heroÍnas. Principalmente no começo de 'A Viagem', a personagem Diná era muito incorreta, com ciúme doentio, que angustiava a vida da família inteira por ações desmedidas. Mas por meio do amor e esse trabalho tão bonito ao lado espiritismo, ela vai renascendo, com o amparo espiritual dos mestres", justifica.
"A Helena de 'Mulheres Apaixonadas' é visionária e muito segura de si. O Manoel Carlos é mesmo um visionário. Fico perplexa. A Helena é um prêmio à carreira, com certeza. É um momento muito bonito poder ver três grandes trabalhos sendo disponibilizados para o público. Acho que a palavra exata é gratidão. Muito obrigada. Neste momento que a gente não pode sair para trabalhar ver que o nosso trabalho continua chegando na casa das pessoas é muito bom", celebra.
A artista revela ter conversado com Maneco há pouco tempo e garante que ele está ótimo. "Tive a oportunidade de falar com ele recentemente e fiquei feliz em ver como ele continua forte, lúcido e vivo. É um mestre da teledramaturgia. Ele escreveu cenas em suas novelas que hoje impactam mais ainda. Devo muito a ele", agradece ela, que avalia o entretenimento como importante ferramenta para amenizar o sofrimento da pandemia.
"A arte tem um papel fundamental neste momento. Acho muito importante agora que as pessoas estão carecendo de esperança no mundo da matéria, que ganhem esperança pelo menos no mundo imaterial. Que em uma grande corrente de amor possam estar orando juntos por essas mais de 300 mil famílias que viram seus avós, pais, filhos, sobrinhos e netos falecerem por conta do coronavírus. Desejo que tudo isso acabe logo".