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A LogShare, logtech de frete reverso, anuncia nesta segunda-feira (17/6) a conclusão de uma rodada seed de R$ 12 milhões. A captação contou com os fundos ONEVC, Niu Ventures e FJ Labs, que já haviam investido na startup, e a entrada de Seedstars, Oxygea, Valutia, Silence e Rally Cap.

“Buscamos fundos que entendessem de go to market e expansão geográfica, e que pudessem agregar com expertises que nos faltam e que vamos precisar, relacionadas a produto e máquina de vendas”, afirma Pedro Prado, CEO e cofundador da LogShare.

A startup nasceu em 2021 para resolver uma grande dor do mercado de fretes: os caminhões que “batem lata”, jargão usado quando a carga volta vazia. Diariamente, os veículos transportam produtos de A para B, mas na maior parte das vezes, o retorno de B para A é com o baú transportando apenas ar.

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Prado e o sócio, Glauber Alves, tinham experiência com o mercado de logística e já tentavam resolver o problema de forma analógica. “Tentamos sanar a dor quando trabalhamos na Coca-Cola. Fizemos um projeto de otimização de frete de retorno com a Fiat, na mão, em planilha do Excel. Fiz o mesmo para outras 15 empresas, mas as iniciativas não pararam de pé após alguns anos porque faltava o que propomos hoje: match, comunicação e garantia dos combinados”, pontua o CEO. Eduardo Souza completa o time de cofundadores da startup.

A LogShare funciona a partir da conexão entre três peças: quem quer comprar, quem quer vender e quem pode transportar o frete. Por meio de uma plataforma SaaS, que utiliza algoritmos e machine learning, as empresas podem expor suas necessidades de transporte de carga e encontrar quem pode atendê-las a partir das rotas divulgadas. O match acontece após a análise de 15 parâmetros. A logtech, então, garante a execução do frete.

As empresas pagam uma mensalidade para usufruir da plataforma e, se fizerem fretes, precisam pagar uma taxa de sucesso na conclusão do trâmite. O valor varia de 5 a 10%, a depender do volume transportado e da maturidade da rota. Além do benefício financeiro, a proposta da LogShare contribui com a redução da emissão de carbono pelas empresas ao garantir que os caminhões façam viagens com a carga cheia.

A startup atende grandes embarcadoras, como Coca-Cola, Pepsico, Mondelez, Unilever, Grupo Pão de Açúcar, Braskem, BRF, L’Oréal e Natura. Com 20 clientes na carteira atualmente, a LogShare pretende encerrar 2024 atendendo 30 empresas. No ano passado, o salto foi grande – de 3 para 15 clientes. Segundo Prado, a receita cresceu 30 vezes no período.

A decisão de abrir a rodada se deu porque a startup atingiu as metas estabelecidas. “Provamos a capacidade de trazer grandes contas, validamos o modelo de negócio com grandes empresas, como Mondelez e Unilever. Sentimos que era o momento de dar esse passo a mais”, pontua o CEO.

O capital está sendo direcionado para em algumas frentes: ampliar os setores atendidos para além de bens de consumo e varejo, com a criação de novas verticais, como agro, indústria química e cosméticos; a construção de uma máquina de vendas para ofertar o serviço para clientes menores, de indústrias de médio porte; contratar profissionais sênior de tecnologia para melhorar o produto; e reforçar o time de customer success para dar tração aos contratos já fechados. Prado afirma que o quadro de colaboradores deve crescer de 28 para 45 funcionários.

A startup também já começou a estudar a internacionalização. O CEO declara que essa é uma dor que atinge outros países. Nos EUA, 30% dos caminhões voltam sem carga, por exemplo. A ideia é expandir a partir dos clientes que têm operações multinacionais.

“Estamos fazendo diagnósticos e pilotos para que o movimento seja tranquilo. Não vamos nos aventurar sem clientes porque dependemos do efeito de rede. Eles nos pedem as soluções em outros países, então, é um movimento natural. Devemos ir primeiro para o México e depois para os EUA, no ano que vem”, diz Prado.

A LogShare fez parte da primeira turma do programa de aceleração Oxygea Labs, promovido pelo braço de corporate venture da Braskem. A startup foi uma das três escolhidas para receber um cheque de R$ 1,5 milhão. “Eles endereçam uma dor relevante no mercado, atacando a ineficiência de gestão de fretes rodoviários, e que tem muita aderência à nossa tese, pautada em sustentabilidade e transformação digital da indústria”, afirma Vitor Moreira, diretor-gerente. O executivo revela que a Oxygea divulgará um novo investimento nas próximas semanas, em uma startup de fora do Brasil.

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