A fisioterapeuta Lizandre Nemoto, 40 anos, já pensava em mudar de área quando uma ideia de negócio apareceu, de carona com a maternidade. Ela e o marido tinham comprado um babador, em forma de bandana, para a filha pequena e arrancaram elogios de outras mães. Como era um item mais difícil de se encontrar em Curitiba (PR), ela resolveu, em 2016, começar a produzir os itens. Hoje, Nemoto é dona da marca Os Fraldinhas, que fornece para cerca de 200 lojistas, em várias cidades, e faturou R$ 700 mil no ano passado.
A empreendedora conta que começou com cerca de R$ 1,5 mil. “Eu fechava pacotes de fisioterapia e juntava o dinheiro para comprar a matéria-prima”, conta. Ela encontrou uma costureira para ajudá-la a confeccionar os babadores-bandana e começou a vender os primeiros na região. “Ia de porta em porta com uma malinha. Quando vi, estava atendendo 30 lojas”, diz.
Algum tempo depois, Nemoto se mudou para Maringá (PR) e continuou com os varejistas da capital. Ela também conseguiu novos clientes na cidade do interior e começou a expandir a marca.
Depois, uma nova mudança para Balneário Camboriú (SC), e o negócio se mudou junto, sempre funcionando na sala da casa da empreendedora. Foi nessa época que ela deixou a fisioterapia para se dedicar integralmente à empresa.
Com o tempo, Nemoto percebeu que precisaria trazer mais itens para o portfólio para conseguir crescer. Até então, a marca se chamava Panda Bandana, mas mudou para Os Fraldinhas, em 2017, porque a empreendedora começou a vender fraldas ecológicas e outros itens. “À medida que as lojas iam pedindo, íamos desenvolvendo produtos novos. Assim nosso portfólio foi crescendo”, conta.
![Para crescer, Lizandre Nemoto apostou no aumento do portfólio de Os Fraldinhas — Foto: Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-pegn.glbimg.com/rnSArTBSk_tEWLFH7vU80UfugvU=/0x0:1600x1066/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_ba41d7b1ff5f48b28d3c5f84f30a06af/internal_photos/bs/2024/0/K/ytCduDRSmfk2HKBWONlg/whatsapp-image-2024-03-22-at-08.15.06.jpeg)
Nemoto atuava como microempreendedora individual (MEI) até o fim de 2022, na própria sala de casa. No começo do ano passado conseguiu aumentar substancialmente a produção com a entrada de um cliente que encomenda os produtos para serem vendidos como white label, inserindo a própria etiqueta nos itens e revendendo-os.
Isso fez com que ela migrasse o regime de tributação, contratasse mais pessoas para ajudá-la e até alguém para gerenciar a comunicação e as redes sociais.
Atualmente, a produção está concentrada em Maringá (PR), onde ela mora atualmente. A marca tem dez representantes espalhados pela região Sul e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Hoje, os produtos estão em cerca de 200 lojas. “Eventualmente tem uma loja ou outra em outros lugares, como na Bahia, por exemplo, que entra em contato e a gente atende”, diz.
Os planos futuros da empreendedora envolvem um e-commerce, que acaba de ser lançado, e um quiosque físico. Para este último passo, ela pretende aumentar o número de produtos vendidos – atualmente, são cerca de vinte itens no portfólio, como as fraldas, babadores (que ainda são o carro-chefe do negócio) e calças de desfralde. A meta é faturar R$ 1,2 milhão até o fim do ano.