Christian Bale revela que colegas de ‘Psicopata Americano’ o consideravam o pior ator com quem eles já haviam trabalhado

Ao longo da sua carreira, Christian Bale criou a reputação de ser um dos mais metódicos atores da sua geração, assumindo a personalidade de seus personagens ao longo das gravações dos filmes em que trabalha.

Nos seus primeiros anos como profissional, no entanto, essa fama ainda não havia sido criada e isso causou confusão entre Bale e colegas de elenco.

O ator revelou, em entrevista à revista GQ, que seus colegas no filme 'Psicopata Americano' (2000) achavam que ele era o pior ator com quem eles já haviam trabalhado por conta de seu comportamento no set de filmagem.

"Josh Lucas e eu dizemos um filme juntos novamente ('Ford vs Ferrari') e ele me abriu os olhos para algo que nunca tinha percebido", explicou Bale. "Ele me informou que todos os outros atores pensaram que eu era o pior ator que já tinham visto. Ele me disse que eles ficavam olhando para mim e pensando, 'por que Mary (Harron, diretora do filme) briga por esse cara? Ele é péssimo'. E foi só quando ele viu o filme que ele mudou sua mente".

Em 'Psicopata Americano', Bale interpretou o serial killer Patrick Bateman. A atriz Chloe Sevigny, que atuou como uma das vítimas de Bateman, disse que teve grandes dificuldades para lidar com o ator no set.

"Trabalhar com Christian foi muito difícil, porque eu não conhecia toda essa coisa de 'método'. Eu era bem nova, não tinha feito tantos filmes antes e ver um ator se perder nesse nível e estar tão consumido pelo papel, eu tive dificuldade (para lidar)", destacou. "Apenas queria socializar com ele, mas sentia que ele não, então meu ego dizia: 'Ele não gosta de mim? Ele acha que sou uma péssima atriz?"

A atriz Guinevere Turner explicou melhor o comportamento do ator durante as gravações. "Ele estava 100% comprometido como ator em ser esse personagem, a um ponto perturbador. Ele nunca falou com seu verdadeiro sotaque e nunca se socializou com ninguém enquanto estávamos filmando".

Bale já foi indicado quatro vezes ao Oscar e venceu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por 'O Vencedor' (2010). Ele também foi nomeado como Coadjuvante por 'A Grande Aposta' (2015) e como Melhor Ator por 'Trapaça' (2013) e 'Vice' (2018).