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Bolsonaro veta Lei de distribuição gratuita de absorventes a população em vulnerabilidade social (Foto: burin kul por Pixabay)

Bolsonaro veta Lei de distribuição gratuita de absorventes a população em vulnerabilidade social (Foto: burin kul por Pixabay)

Nesta quinta (7), o presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição gratuita de absorvente menstrual para estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade. O tema pobreza menstrual já é um dos assuntos mais comentados há semanas nas redes sociais e não é de hoje que existem tentativas para atenuar a aflição de pessoas que menstruam.

A primeira veio em 2019, em que houve uma tentativa frustrada na Câmara dos deputados de encaminhar outro projeto para erradicar a pobreza menstrual, pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP). Neste ano, o projeto foi de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE).

Em discurso no Plenário, Marília Arraes revelou que o tema tinha sido previamente negociado com as lideranças do governo. "Impressionada com o veto, porque tratou de questões que já estavam resolvidas, que foram alvo de negociações exaustivas entre os autores do projeto", disse Marília Arraes. Nas redes, ela chegou a afirmar: “Nós vamos derrubar o veto!”, em uma publicação recente.

Simone Tebet (MDB-MS) criticou a decisão em suas redes sociais. “Veto à distribuição gratuita de absorventes a milhões de estudantes pobres de escolas públicas, moradoras de rua e presidiárias é falta de empatia, desconhecimento da realidade e descaso. Chega a ser cruel, em pleno Outubro Rosa, quando voltam-se os olhos para a saúde da mulher”, comentou.

Leila Barros (Cidadania-DF), procuradora da Mulher no Senado, afirmou que o veto mostra desprezo pelas mulheres e que a luta continua. “A decisão demonstra o total desprezo com milhares de mulheres e meninas. Aqui no Brasil, uma em cada quatro jovens deixa de ir à escola quando está menstruada. Fornecer itens básicos de higiene é garantir um mínimo de dignidade aos mais pobres”, declarou.

Após o veto, a hashtag #livrepramenstruar ficou entre os assuntos mais comentados do dia e gerou revolta nas redes sociais. No Instagram, artistas se movimentaram para trazer ainda mais visibilidade ao assunto através de posts falando sobre pobreza menstrual.

“Poder sangrar e continuar indo à escola. Ser mulher, escorrer em vida em ter a dignidade de ir e vir. DIREITO, OBRIGAÇÃO DO ESTADO GARANTIR ISSO. Que abominável”, escreveu Letícia Colin. “Ninguém nasce escolhendo menstruar. Muito menos menstruar todo mês. Muito menos tendo que arcas com os custos de higiene básica para lidar com a menstruação. São gastos que toda pessoa que tem útero passa e são gastos altos. Num país onde 60% da população passa incerteza alimentar, COMO FICA?”, questionou Luisa Arraes.

A seguir, confira algumas reações e protestos nas redes sociais:

Leila Barros:

Leila Barros (Foto: Reprodução / Instagram)

Leila Barros (Foto: Reprodução / Instagram)

Marília Arraes: 

Marília Arraes (Foto: Reprodução / Instagram)

Marília Arraes (Foto: Reprodução / Instagram)

Simone Tebet:

Simone Tebet (Foto: Reprodução / Instagram)

Simone Tebet (Foto: Reprodução / Instagram)

Luisa Arraes:

Luísa Arraes (Foto: Reprodução / Instagram)

Luísa Arraes (Foto: Reprodução / Instagram)

Eliziane Gama:

Eliziane Gama (Foto: Reprodução / Instagram)

Eliziane Gama (Foto: Reprodução / Instagram)

Letícia Colin:

Letícia Colin (Foto: Reprodução / Instagram)

Letícia Colin (Foto: Reprodução / Instagram)

Mônica Martelli:

Mônica Martelli (Foto: Reprodução / Instagram)

Mônica Martelli (Foto: Reprodução / Instagram)

Fernanda Paes Leme:

Fernanda Paes Leme (Foto: Reprodução / Twitter)

Fernanda Paes Leme (Foto: Reprodução / Twitter)

Rafa Brites: