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Maria Ressa (Foto: Getty Images )

Maria Ressa (Foto: Getty Images )

A mais nova obra de Maria Ressa, escritora e jornalista filipina e uma das vencedoras do Nobel da paz em 2021, chega ao Brasil através da Companhia das Letras. A autora é conhecida por cofundar o website jornalístico Rappler, do qual é diretora executiva. No seu trabalho, Maria Ressa luta pela liberdade de imprensa e combate à desinformação.

“Como Enfrentar um Ditador”, que será lançado em abril de 2022, é o livro que desembarca no país. Nele, a autora usa de sua experiência para discutir a importância de combater governos autoritários e compartilha com o leitor métodos de como fazer isso. Para isso, Maria Ressa se baseia não apenas no regime de Rodrigo Duterte, mas também as administrações de Jair Bolsonaro, Donald Trump e outros.

Segundo o júri do prêmio, Maria Ressa, assim como Dmitri Muratov, foi eleita uma das vencedoras do Nobel da paz de 2021 por “seu esforço por garantir a liberdade de expressão, pré-requisito para a democracia e a paz duradoura”.

Após ganhar o Nobel, Maria Ressa desabafou sobre o reconhecimento de seu trabalho e a vontade e motivação de seguir com a sua luta. “O grande problema que nós temos é que muita coisa acontece na escuridão. E o que nós sempre tentamos fazer é continuar fazendo jornalismo, jornalismo de responsabilidade, investigações que tornam os poderosos responsáveis pelo que fazem. Isso se tornou mais difícil com as redes sociais, que permitiram a construção do autoritarismo e de ditadores que exploram os algoritmos, tomam poder e destroem democracias por dentro. Então obrigado por reconhecer o esforço que é necessário para exercer o trabalho do jornalista hoje", disse Maria Ressa à CNN Internacional sobre receber o Nobel da Paz, prêmio que dividiu com o jornalista russo Dmitry Muratov.

Maria Ressa é a principal opositora à gestão autoritária do presidente filipino. Com Rappler, a Nobel e outros jornalistas denunciaram uma série de crimes e abusos realizados sob seu comando, sobretudo o assassinato de cidadãos suspeitos de tráfico de drogas e disseminação de desinformação para manipular a população. Mesmo perseguida, presa e ameaçada de morte em rede nacional pelo regime de Duterte, a jornalista continuou a expor as contradições da gestão ditatorial em seu país.