• Priscilla Geremias
  • Do Rio de Janeiro
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 Taís Araújo (Foto: Ju Coutinho / Divulgação)

Taís Araújo (Foto: Ju Coutinho / Divulgação)

“Me cuido não com a intenção de esconder o envelhecimento, mas para envelhecer com qualidade”. Esta foi a resposta direta de Taís Araújo a Marie Claire quando a questionamos se o passar do tempo e sua aparência a preocupam.

Aos 43 anos, a atriz e empresária não quer parecer ter menos idade. “Eu não quero parecer ter uma pele de 20 ou 15 anos, mas desejo ter uma pele boa dentro da realidade”, diz ela, que é estrela e representa grandes marcas de beleza.

Ocupar papéis de mulheres mais jovens já foi o desejo de diversas atrizes no audiovisual. Mas o que vinha disfarçado de elogio, é exemplo de etarismo. “O Brasil ainda é um país que gosta de pessoas jovens, porém vejo uma mudança de uns anos pra cá. Não quero fazer papéis que não sejam da minha idade, quero interpretar mulheres que estão passando por experiências que eu já passei e passo. Ficar fazendo papel de menina não me interessa”, afirma.

Taís, que está no ar como Clarice e Anita em Cara e Coragem, novela das sete da TV Globo, ressalta seu desejo de viver papéis complexos e desafiadores. “E a complexidade vem da vivências”, explica. “Só lembrarmos de Amor de Mãe, os papéis principais são de mulheres maduras. Seja mocinha ou vilã. As narrativas estão mudando, também queremos ouvir quem viveu muito. A melhor parte disso é que meu trabalho não escassa”, completa.

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Uma das maiores inspirações de Taís, Viola Davis está prestes a desembarcar no Brasil para a divulgação do seu filme A Mulher do Rei. As duas já se encontraram nos Estados Unidos, mas não tem previsão que o encontro também acontece por aqui. “Nada planejado, mas quero pelo menos ir ao cinema”, diz.

Taís Araújo (Foto: Ju Coutinho / Divulgação)

Taís Araújo (Foto: Ju Coutinho / Divulgação)

Apoio a projetos de valorização da cultura negra

Na terça-feira (6), Taís Araújo participou do lançamento de um novo projeto de L’oreal Brasil. A empresa é a nova parceira do Circuito de Oficinas de História e Cultura afro-brasileira do Instituto Pretos Novos (INP), com intuito de fortalecer as narrativas que combatem o racismo estrutural.

Ao lado de Zezé Motta e outros convidados, a artista fez um passeio pelo Caios do Valongo e zona portuária do Rio, local onde chegavam às pessoas negras que seriam escravizadas no país. “Sabia da história, mas não conhecia o espaço. Não dá pra fingir que está história não existe”, diz Taís.

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A atriz que se preocupa em resgatar a história do povo preto em seus trabalhos diz que iria além de retratar no audiovisual. “Acho triste que não tenha um apoio do governo, ai me dá vontade de ser uma financiadora. O audiovisual é muito poderoso e atinge as pessoas com uma ideia”, explica.