• Beatriz Cristina
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O inverno é o melhor momento do ano para usar ácidos na pele (Foto: Reprodução/Pexels)

O inverno é o melhor momento do ano para usar ácidos na pele (Foto: Reprodução/Pexels)

O inverno é a melhor época para usar e abusar dos ácidos na pele. Por conta dos dias frios e nublados, a gente se expõe menos ao sol e à radiação UV. Isso torna o momento ideal para o uso dos ativos, já que muitos deles podem provocar manchas e queimaduras na pele, caso sejam utilizados de maneira intensa ou sem a proteção ideal contra os raios solares.

E que tal aproveitar o momento para atualizar a lista de ácidos da sua rotina? Hialurônico, glicólico e retinol já são queridinhos de skincare há tempos e com razão! Mas com o aumento das buscas por cuidados com a pele, a indústria da beleza tem procurado, cada vez mais, fornecer cosméticos que combinem maior eficiência e menos impactos ambientais.

Por isso, reunimos três ativos que prometem dominar as formulações de produtos para a pele nos próximos anos: os ácidos poliglutâmico, tranexâmico e gama-aminobutírico. Aos detalhes!

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Ácido Poliglutâmico

Produzido pela bactéria Bacillus subtilis, a partir de um processo de fermentação do natto, uma espécie de soja, o ácido poliglutâmico é um hidratante potente. O Magic Serum Crystal Elixir, de Charlotte Tilbury, foi um dos principais responsáveis para tornar o ingrediente popular.

“A principal função dele é manter mais umectada, que possua maior resistência e melhora de barreira cutânea. Então garantir a hidratação seria o seu principal benefício”, explica a dermatologista Juliana Neiva.

De acordo com a dermatologista, ainda é muito cedo para dizer que o ativo poderia substituir o ácido hialurônico. “Mesmo assim, ele é uma opção interessante de skincare, que pode ser combinado com outras formulações para deixá-lo ainda mais eficiente”, diz.

Além disso, o ácido poliglutâmico é biodegradável e considerado não tóxico para o ser humano e para o planeta.

Ácido Tranexâmico

A principal utilidade desse ácido no skincare é o tratamento de manchas, sejam elas marcas de acne, solares, hormonais ou até o melasma.

Diferente dos principais ativos clareadores disponíveis no mercado, o ácido tranexâmico funciona inibindo a conversão do plasminogênio em plasmina. Essa substância é liberada sempre que a nossa pele sofre uma agressão, como a exposição solar, substância que estimula fatores inflamatórios que aumentam a produção de melanina na pele. Ao barrar a plasmina, inibe-se o estímulo da de manchas causadas por inflamação.

“Ele atua na cascata de coagulação e é um quelante de ferro, então é um ativo bom para olheiras vasculares também”, informa Juliana. “Normalmente, ele é utilizado por via tópica, mas pode ser receitado também por via oral ou injetável. Para isso, é preciso se consultar com um dermatologista e receber a prescrição do profissional”, continua.

Ácido Gama-aminobutírico (GABA)

“O GABA é um neurotransmissor, mas no skincare ele é um aminoácido derivado do milho que ajuda no relaxamento da pele. Então, consegue provocar um efeito de lifting transitório natural”, diz a dermatologista.

Como este ativo tem a capacidade de relaxar a pele, ele age prevenindo e diminuindo linhas de expressão, presentes principalmente em peles maduras. Além disso, a longo prazo, ele estimula a produção natural do colágeno e ácido hialurônico, melhorando a elasticidade da pele e diminuindo a aparência dos poros dilatados.

É importante que antes de iniciar a aplicação de qualquer produto na pele (e ácidos, em especial) seja feita uma consulta com um dermatologista que irá analisar a condição da derme e indicar o melhor tratamento tópico.