• Redação Marie Claire
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Corte químico: fique atenta aos sinais que levam à quebra dos fios (Foto: Adrian Fernández / Unsplash)

Corte químico: fique atenta aos sinais que levam à quebra dos fios (Foto: Adrian Fernández / Unsplash)

Se você aplicou algum tipo de química no cabelo nos últimos meses e percebeu que seus fios estão opacos, elásticos e quebradiços, é preciso ficar alerta, porque um corte químico pode estar prestes a acontecer. Esse dano é causado quando há um severo rompimento da fibra capilar e as cutículas e a haste ficam danificadas, geralmente, após colorações ou alisamentos.

Não se engane, esse tipo de queda não é ocasionada apenas em cabelos com muita química. Às vezes, ela pode ser provocada na primeira aplicação. “Pode acontecer incompatibilidade química entre dois componentes. Por exemplo, a pessoa pode realizar as primeiras luzes da vida e em seguida fazer um alisamento inadequado. Se houver incompatibilidade entre esses elementos, a fibra capilar pode ser rompida”, explica a hair stylist Paloma Performance.

Existem vários motivos pelos quais o corte químico pode ser causado, um deles é a coloração feita de forma errada. “Realizar mechas em cabelos pintados de preto, por exemplo, não é um problema, desde que a cliente saiba que não atingirá tons claros. O problema acontece quando o profissional insiste em deixar o produto por tempo inadequado para forçar este clareamento, em tons altos. Nesse caso, pode acontecer a quebra”, diz Paloma.

Outra questão é a mistura de elementos que não combinam entre si. “Não se deve misturar relaxamento a base de dióxido de sódio e depois aplicar um produto com amônia, por exemplo. E algumas pessoas realizam alisamento com produtos à base de chumbo, este é incompatível com tudo”, alerta a hair stylist.

Existe um tipo de corte químico que é mais agressivo ainda, chamado de dobra química, porque a quebra ocorre próxima à raiz, por isso a quantidade de cabelo perdida é muito grande. “Se a química é aplicada muito próxima à raiz, quando o fio começar a crescer, o cabelo terá duas texturas que seguirão em direções diferentes, formando uma dobra em formato de  ‘V’”, informa Paloma. Na prática, informa, o fio se partirá justamente na dobra, quando crescer aproximadamente 0,5cm. Para evitar isso, é recomendado que a aplicação seja feita, pelo menos 1cm distante da raiz.

Para evitar o problema, a especialista sugere que a melhor opção é fazer o teste de mecha. “Não existe uma regra certa, cada cabelo tem uma fragilidade única e o profissional deve avaliar a saúde dos fios antes de aplicar qualquer química. Para isso, é preciso fazer o teste da mecha aplicando o produto e dando o tempo de ação (45 minutos) para verificar a reação. Se a mecha testada apresentar algum efeito indesejado, o melhor é não realizar o procedimento”, indica.

Agora, caso você já tenha realizado o procedimento e esteja percebendo o cabelo poroso, com aspecto áspero, efeito emborrachado e quebra com facilidade, é importante iniciar um tratamento intensivo para cuidar dos danos. “Tenha uma rotina de cronograma, realizando semanalmente reconstrução para promover força e umectação para nutrir os fios danificados”, encoraja Paloma. Entrar em contato com um profissional que seja de sua confiança para pedir dicas de cuidados também é válido.