• Redação Globo Rural
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A consultoria agroflorestal Pretaterra passa a contar com a Cargill no projeto Agrofloresta na Mata Atlântica, que visa a recuperação de áreas degradadas. A iniciativa promove a restauração no município de Timburi, no interior de São Paulo, por meio da implantação de sistemas agroflorestais e da recuperação de paisagens degradadas. A expectativa é implantar 300 hectares de agrofloresta em mais de 20 propriedades rurais até março de 2023. Com isso, há promoção da restauração de paisagens e nascentes, além de incluir mais árvores no espaço e fomentar a vida selvagem.

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agricultura-regenerativa-fazenda-rizoma-pedro-paulo-diniz (Foto: Fazenda Rizoma/Divulgação)

Agricultura regenerativa Fazenda Rizoma, de Pedro Paulo Diniz (Foto: Fazenda Rizoma/Divulgação)

Mesmo após perder 98% de sua floresta primária, a Mata Atlântica continua ameaçada por desmatamentos. De acordo com a SOS Mata Atlântica, foram identificados 2.126 alertas que somam 10.751 mil hectares desmatados nas quatro bacias hidrográficas avaliadas.

Antes de o Agrofloresta na Mata Atlântica começar, a Pretaterra estudou as principais cadeias de valor da região de Timburi – e, como há muitos produtores de café lá, eles foram escolhidos para serem os primeiros impactados pelo projeto.

“Escolhemos os produtores que teriam interesse em fazer uma mudança da monocultura para o sistema agroflorestal e também aqueles que gostariam de começar um sistema agroflorestal de café do zero”, afirma Valter Ziantoni, fundador da Pretaterra.

Além do mapeamento das áreas de plantio e de restauração, a Pretaterra é responsável pela criação do mosaico que compõe os sistemas agroflorestais. Além disso, a empresa se compromete a cuidar da implantação e organização do projeto, considerando o fornecimento de mudas e insumos aos produtore. Em troca, os agricultores se comprometem a manter os sistemas agroflorestais durante 30 anos.

“Cabe à Cargill apoiar o planejamento, as operações de plantio e orientar sobre o correto manejo sustentável, fornecendo subsídios na compra de insumos, no fornecimento de mudas, no plantio e no posterior monitoramento dos serviços”, destaca Renata Nogueira, líder de Sustentabilidade das Cadeias de Suprimentos Agrícolas da Cargill na América do Sul.